MENU

BUSCA

Agressor de zeladora não comparece a depoimento pela segunda vez

O empresário alegou problema emocional, mas, delegada do caso avisa que expedirá mandado de condução coercitiva

O Liberal

Convocado a prestar depoimento nesta quarta-feira (21), o empresário mineiro Rafael Birro, flagrado por câmeras de circuito de segurança agredindo uma faxineira que lavava a calçada de um condomínio na região centro-sul de Belo Horizonte (MG), não compareceu. Esta é a segunda vez que ele ignora o chamado da polícia. As informações são do site R7.com.

VEJA MAIS

Homem agride funcionária que lavava calçada após se irritar com desperdício de água
O suspeito ainda passou a jogar água no rosto da funcionária do edifício, o que a impediu de pedir socorro

Segundo fontes da própria polícia, ele teria alegado problemas pessoais, de ordem emocional, e pediu para adiar o depoimento. Entretanto, a delegada que cuida do caso já avisou que deve preparar um mandado de condução coercitiva para que o empresário compareça.

Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a condução coercitiva é um recurso inconstitucional, partindo do pressuposto que "o interrogatório é meio de defesa, essencialmente, e o investigado tem direito ao silêncio". O empresário também faltou a um primeiro depoimento na última terça-feira (20).

A faxineira Lenirge Alves de Lima, de 50 anos, que foi vítima da agressão, procurou a delegacia para tentar fazer uma representação contra Rafael. No entanto, foi orientada a voltar na próxima segunda-feira (19). A funcionária já registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Militar e diz que espera que seu agressor seja punido. 

Lenirge teve ferimentos no joelho e no braço e afirma que nunca passou por situação tão humilhante. A faxineira conta que quando o homem se aproximou, pensou que ele fosse pedir um pouco de água. Mas ele reclamou do desperdicio de água e, logo em seguida, passou a agredi-la. "Ele não queria reclamar só da água, ele queria agredir" desabafou a faxineira.

A funcionária teve ferimentos em joelho e braço por causa da queda. Nas imagens, é possível ver que o homem puxa a mangueira da mão dela, joga água em seu rosto e a derruba no chão.  “A gente não sabe mais onde vai ser agredido, se é no local de serviço, se é na balada.”

Brasil