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A cada cinco segundos em 2022, planeta perdeu área de floresta equivalente a campo de futebol

Mais da metade da destruição aconteceu no Brasil e na Bolívia, e a área total queimada ou desmatada é de mais de 41 mil quilômetros quadrados

O Liberal

Uma área de floresta tropical virgem equivalente a um campo de futebol foi perdida pelo planeta Terra a cada cinco segundos em 2022, de acordo com estudo do Instituto de Recursos Mundiais (WRI), publicado nesta terça-feira (27). Mais da metade da destruição aconteceu no Brasil e na Bolívia, e a área total queimada ou desmatada, mais de 41 mil quilômetros quadrados, equivale ao tamanho da Suíça ou da Holanda.

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Segundo o estudo, são árvores nativas e maduras, e o número representa um aumento de 10% na comparação com o ano anterior. O levantamento foi elaborado com base em imagens de satélites e destaca a situação na bacia amazônica. As perdas no Brasil representaram 43% do total e na Bolívia, 9%. A República Democrática do Congo foi responsável por 13% das perdas.

O relatório ainda aponta que o desmatamento no Brasil aumentou 15% em 2022 na comparação com o ano anterior - o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi criticado durante quatro anos por suas políticas para o meio ambiente. Atual presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu fazer da defesa da Amazônia uma das prioridades de seu governo.

Perdas

De acordo com os defensores do desenvolvimento econômico, boa parte do desmatamento acontece em terras privadas. Cientistas alertam que, se a bacia amazônica virar savana, ou seja, uma superfície sem árvores, as consequências para o planeta são desconhecidas. A Amazônia retém em suas florestas quase de 90 mil toneladas de CO2, o que representa o dobro das emissões anuais do planeta.

"A maior parte da perdida aconteceu dentro das áreas protegidas, que incluem as últimas regiões de floresta primária do país", explica o relatório. A produção de cacau, a extração de ouro e os incêndios foram as principais causas das queimadas ou desmatamento.

A diretora da GFW, Mikaela Weisse, afirma que "estamos perdendo uma de nossas ferramentas mais eficazes para combater a mudança climática, proteger a biodiversidade e proteger a saúde e os meios de subsistência de milhões de pessoas".

Apenas as florestas tropicais destruídas no ano passado liberaram 2,7 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente ao total de emissões de combustíveis fósseis da Índia, o país de maior população do mundo, também de acordo com a entidade. E o ano de 2022 foi o quarto mais devastador para as florestas primárias em duas décadas.

"Desde a virada do século, nós observamos uma hemorragia em alguns dos ecossistemas florestais mais importantes do mundo, apesar dos esforços para reverter a tendência", advertiu Weisse. Em todo o planeta, a vegetação e o solo absorvem regularmente quase 30% da poluição de CO2 desde 1960, mas estas emissões também aumentaram.

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