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Segundo dia de greve de ônibus em Belém tem poucos veículos circulando e superlotação

Ao longo da BR-316, a circulação de ônibus ainda é muito pequena

Dilson Pimentel

Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 4, segundo dia de greve dos rodoviários, poucos ônibus estão circulando pelas ruas da capital paraense. A sensação é de cidade vazia.

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Em Ananindeua, na garagem da empresa Viação Forte, na avenida Mário Covas dois ônibus saíram por volta das 5h30. Em frente à garagem, do outro lado da rua, há uma viatura da Polícia Militar, mas a situação é tranquila. 
"Desde às 4h da manhã saíram dois ônibus. Nós estamos fazendo cumprir, como sindicato, a decisão judicial de 40%. Tem poucos ônibus rodando, com certeza. Eles (os rodoviários) não vão cumprir os 40%, eu acho, porque quem está indignado com toda essa situação é a classe trabalhadora, por isso eles estão em casa", explicou o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba, Tito Melo.

Trabalhador da construção civil, Moacir Azevedo, de 48 anos, ficou à espera de ônibus por mais de meia hora. Morador do bairro do Aurá, ele chegou ao ponto de ônibus situado nas proximidades da Prefeitura de Ananindeua às 5h30 e 6h ainda não havia conseguido embarcar. No primeiro dia de greve ele foi obrigado a faltar ao trabalho, no bairro do Curió Utinga, em Belém, por falta de ônibus. "Vou esperar mais um pouco. Se não passar, é voltar para casa. Ontem eu não fui. Falei para o patrão, expliquei os motivos, ele entendeu", comentou. 


O zelador Roberto Maria, de 38 anos, que mora em Marituba e trabalha no bairro do Tapanã, em Belém, contou que perdeu um dia de serviço por conta da greve. "Ontem foi difícil. Passei uma duas horas na parada de ônibus, não tinha nenhum ônibus, não passou nada, nada, só mesmo van. Eu peguei uma carona para tentar chegar na BR-316, porque eu não moro próximo, e parei antes do viaduto. Eu fui até próximo do serviço e voltei, teria que pegar outro carro e não tive condições. Eu não sabia que tinha greve, fui saber que tinha greve aqui na BR, aí saí desprevenido, cheguei na metade do caminho, liguei para o serviço e voltei. A expectativa é que hoje tenha ônibus. Hoje já saí prevenido caso não tenha ônibus, vou ter que pegar um carro, uma van, vou ter que chegar no trabalho, não sei como, mas vou ter que chegar", disse, preocupado.

Superlotação

Ao longo da BR-316, pouca movimentação e superlotação. Muitos ônibus, já lotados, sequer param nos pontos para o embarque de mais passageiros. A Redação Integrada de O Liberal flagrou duas situações assim na BR, em Ananindeua.

Mais informações em breve.

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