MENU

BUSCA

Pará registra mais de 1,5 mil casos de síndrome respiratória aguda grave em 2025

Os vírus respiratórios com maior índice de infecção são sars-Cov-2 (Covid-19), influenza e rinovírus

Ronald Souza | Especial para O Liberal

Em quase quatro meses de 2025, foram notificados 1.525 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Pará. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa). Diante do cenário, a pasta reforça a importância da vacinação contra os vírus da gripe (Influenza) e da covid-19 (sars-Cov-2). Esse número se manteve estável mesmo durante o período de chuvas na região, conforme pontuo a sesma.

Moradora de Ananindeua, Jessica Roberta enfrenta atualmente um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave. “De sábado para domingo iniciaram os sintomas gripe, como coriza, dificuldade de respirar, tosse, dor de cabeça. Iniciei algumas medicações por conta própria e estou esperando 3 dias para que elas possam fazer efeito. Caso não haja melhora, irei procurar a urgência e fazer um teste de covid.” relata.

VEJA MAIS

Região Norte registra 52 casos confirmados de mpox em 2025
Amazonas lidera número de infecções; Pará confirma um óbito e nega surto da doença.

MPPA acompanha medidas das secretarias de saúde municipal e estadual contra a Mpox
Procedimento foi instaurado em reposta ao plano nacional de contingência da doença

Segundo o infectologista Alessandre Guimarães, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a SRAG se caracteriza pela inflamação intensa dos pulmões ocasionada por agentes infecciosos. “Alguns vírus são incubidos nesse tipo de resposta, principalmente o vírus influenza e o Sar-Cov-2, fazendo com que o indivíduo infectado tenha essa resposta inflamatória mais intensa.” explica

O infectologista lembra que, nesses casos, é importante procurar uma unidade de saúde assim que aparecerem os primeiros sintomas. “Em média a partir do quinto dia da doença o indivíduo apresenta esse desconforto respiratório devido a essa produção de muco que precisa ser tratada de forma imediata em uma unidade de saúde.” orienta.

Prevenção

A principal forma de prevenção contra a SRAG é manter o esquema vacinal sempre atualizado,  conforme explicou o infectologista, “Entre as principais formas de se prevenir contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é estar com o seu esquema vacinal em dia para evitar que o indivíduo venha a ser infectado pela doença e se caso seja infectado não evolua para a forma grave da doença. Além disso, é importante isolar os casos confirmados e priorizar o uso de máscaras.”

Ele destaca que as pessoas que pertencem ao grupo de risco devem seguir com mais rigor essas orientações. “ Se for um indivíduo pertencente a população de risco, ou seja os pacientes acima de 65 anos, imunossuprimidos ou que tenham alguma vulnerabilidade clínica devem iniciar as medicações para que não evolua para a forma grave da doença.”

Alessandro Guimarães observa que o período de chuvas intensas facilita para que haja uma infecção de um número maior de pessoas. “Esse período de chuvas intensas faz com que as pessoas se aglomerem fazendo com que passem umas para as outras esses quadros respiratórios. Por isso é importante manter o distanciamento e usar máscaras de proteção.” 

Sespa

Em nota a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que realiza ações de vacinação por todo o estado e orienta que, para prevenir novos casos, é importante manter a vacinação anual contra covid-19 e influenza em dia, cobrir o nariz e a boca com um lenço ao tossir ou espirrar, e descartá-lo após o uso.

A nota acrescenta ainda que "Também é importante lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel, se não houver água disponível. Pessoas com sintomas gripais devem usar máscara cirúrgica. Os vírus respiratórios mais identificados são: Sars-Cov-2, Influenza e Rinovírus."

Belém