Região Norte registra 52 casos confirmados de mpox em 2025
Amazonas lidera número de infecções; Pará confirma um óbito e nega surto da doença.
Entre 1º de janeiro e 30 de abril deste ano, a região norte do Brasil contabilizou 52 casos confirmados de mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. O Amazonas lidera o número de infecções, com 63 notificações e 33 casos confirmados. No Pará, foram registradas 19 notificações, sendo 14 casos confirmados somente na capital, Belém, além de um óbito relacionado à doença. Os outros cinco estados não obtiveram registros.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), dos 63 casos notificados, 29 foram descartados e nenhum óbito foi registrado até o momento. Em nota, o órgão reforçou a importância de buscar atendimento médico em caso de sintomas como febre, lesões na pele ou cansaço extremo, além de manter o isolamento quando necessário.
No Pará, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SESPA), além dos 14 casos em Belém, foram confirmadas infecções nos municípios de Ananindeua e Marituba, além de um caso importado de outro estado. Apesar da confirmação de um óbito, a SESPA nega a existência de um surto e destaca o fortalecimento de medidas preventivas.
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As principais orientações para reduzir o risco de infecção, segundo os órgãos de saúde, incluem:
- • Evitar contato direto com lesões de pele, crostas ou fluidos corporais de pessoas infectadas;
- • Lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel;
- • Praticar sexo seguro e observar sinais suspeitos no(a) parceiro(a);
- • Manter a etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar;
- • Utilizar máscaras em locais fechados e mal ventilados;
- • Manter rigorosa higiene pessoal e de objetos de uso individual.
“É fundamental que os profissionais dos municípios estejam atentos aos fluxos de notificação e diagnóstico, que seguem diretrizes do Ministério da Saúde”, afirmou a secretaria em nota.
Nova cepa identificada no Brasil
Em março, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso no Brasil da cepa 1b da mpox. A paciente, uma mulher de 29 anos da região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que havia retornado da República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença. O caso foi confirmado por meio de sequenciamento genético, que identificou similaridade com genomas detectados em outros países. A paciente permanece sob monitoramento, e, até o momento, não há registro de casos secundários. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada, e a rede de vigilância epidemiológica segue reforçada.
O que é mpox?
A mpox é causada pelo vírus Monkeypox e pode ser transmitida entre pessoas por meio de contato com lesões, fluidos corporais ou objetos contaminados. Em áreas de floresta, o vírus também pode ser transmitido de animais selvagens para humanos.
Sintomas de mpox
Os sintomas variam de leves a graves, e incluem:
- febre,
- dor de cabeça,
- dores musculares,
- fadiga,
- gânglios inchados,
- erupções cutâneas que lembram bolhas ou feridas.
As lesões podem surgir no rosto, mãos, pés, genitais ou região anal, durando de duas a quatro semanas.