Mudanças climáticas em Belém são debatidas em sessão da Câmara 

Prefeitura anuncia a fase final de estudo sobre os impactos na cidade e movimentos sociais querem criar fórum de discussão sobre o tema.

Enize Vidigal
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A crise climática e as políticas municipais de preservação do meio ambiente foram debatidas em sessão especial da Câmara Municipal de Belém, na tarde desta segunda-feira, 12. Durante o evento, o secretário municipal de Meio Ambiente (Semma), Sérgio Brazão e Silva, anunciou que, em breve, a Prefeitura vai divulgar o diagnóstico sobre os impactos na capital paraense e um “plano de resiliência” com ações que irão preparar a cidade para os impactos dessas mudanças. Já as organizações ambientais defenderam a constituição de um fórum para debater medidas de enfrentamento.

O estudo sobre as consequências da crise vem sendo realizado pela prefeitura de Belém em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). “As mudanças climáticas implicam em eventos que podem ser desagradáveis à população como chuvas muito fortes causando alagamentos e desbarrancamentos, aquecimento e redução da umidade. Se tudo isso acontecer de forma intensa, Belém já vai estar preparada (com o plano de resiliência) com a proteção das áreas verdes, com o sombreamento através da arborização e também com o tratamento das águas através das drenagens e tratamento adequado dos resíduos de saneamento para prevenir as agruras que virão”, explicou o secretário.

Fórum

Dirigentes de ONGs de defesa ambiental, como o Observatório da Costa Amazônia (OCA) e Amandi (Ame o Tucunduba/ Rede Jandyra) defenderam a criação de um fórum para discutir as mudanças climáticas. “É preciso que não apenas os cientistas, mas também a população tradicional, as comunidades ribeirinhas, com a expertise que possuem, sejam parceiras das universidades desse monitoramento para a tomada de medidas de mitigação”, defendeu a professora da Faculdade de Oceanografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Sury Monteiro, da ong OCA.

image O alerta das ONGs para cuidar do planeta em nome da preservação da espécie humana. (Roberta Brandão/ Divulgação)

“As pessoas que convivem diariamente com os rios, com a falta de saneamento, a questão da mobilidade, a questão urbana, de saúde... tudo isso está envolvido com as políticas climáticas”, apontou o vereador Fernando Carneiro (PSOL), que presidiu a sessão. Ele foi um dos proponentes da sessão junto aos vereadores Lívia Duarte (PSOL), Bia Caminha (PT) e Amaury Sousa (PT).

Carneiro é autor de um dos três projetos que tramitam na CMB com o objetivo de instituir a Política Municipal de Enfrentamento à Crise Climática. Segundo ele, as propostas poderão ser unificadas e contar com a colaboração de autoridades e de especialistas.

Lívia Duarte ressaltou que a reflexão sobre as mudanças climáticas atingem toda a sociedade, das periferias aos centro urbanos. “Os ativistas do clima costumam dizer que ‘o céu não tem parede’. Então, quando esquenta, esquenta tudo, quando cai, cai tudo. Mas, obviamente, a população mais vulnerável sente mais. É importante falar das questões mundiais do clima, mas também do cotidiano e da participação popular que podem colaborar com a solução do problema”.

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