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Morte de jovem no Ver-o-Rio acende preocupação sobre banho na Baía do Guajará

Segundo o Corpo de Bombeiros, locais não são oficialmente proibidos, mas orientação é 'veementemente contrária ao uso do espaço'

Ana Carolina Matos / O Liberal

A recente morte de Patrick Oliveira Ribeiro, de 22 anos, no Complexo Ver-o-Rio, reacendeu o debate sobre os riscos de balneabilidade na Baía do Guajará, em Belém. Acionado pela redação integrada do Grupo Liberal, o órgão informou que mergulhar na Baía do Guajará não é oficialmente proibido em nenhum ponto, mas que a orientação é "veementemente contrária ao uso do espaço para banho".

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O jovem se afogou, na noite da última quinta-feira (22), ao tentar atravessar a margem até o píer de atraque de grandes embarcações. O corpo dele foi encontrado no dia seguinte, na manhã de sexta-feira (22), por mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

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Além da fatalidade, outro espaço que também pode apresentar riscos à população ganhou atenção recentemente: a "Praia do Telégrafo", uma margem da baía que é o quintal de pelo menos 200 famílias na Comunidade Beira Mar, na passagem São Pedro.

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O Corpo de Bombeiros, entretanto, ressalta que tomar banho nessas áreas é inadequado "por questões de risco desnecessário, fortes correntezas, presença de valas e rampas, águas impróprias para banho e área descoberta por guarda vidas".

Além disso, a Baía do Guajará apresenta ainda outro risco: a alta profundidade ainda na margem. Segundo os Bombeiros, vários trechos da beira do rio já podem apresentar abismos de até quatro metros. Por conta disso, o direcionamento do órgão de segurança é direto: "evitar o uso da orla da Baía do Guajará e Rio Guamá para banho, sobretudo nos pontos não abrigados, que são a maioria".

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Em casos de ocorrências de afogamento, o órgão orienta ainda que o Corpo de Bombeiros seja acionado imediatamente por meio do 190, telefone do Centro Integrados de Operações (CIOP). 

"Caso ainda estejam vendo a pessoa se debatendo na água próximo à margem, é melhor tentar salvá-la estendendo uma haste tipo um pedaço de pau, ferro, etc., ou jogando algum objeto flutuador como um pedaço de madeira ou boia", diz ainda o comunicado. Entretanto, se a vítima estiver longe da margem, o recomendado é que quem esteja em terra firme não se arrisque a tentar chegar até a vítima nadando, e nem tenha contato corporal com quem está se afogando, mesmo que tenha habilidade na água.

Belém