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Marcha contra trabalho infantil mobiliza 100 mil pessoas em Belém

Apoiadores oficiais e membros da sociedade civil compareceram ao evento na manhã deste domingo

Elisa Vaz
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Cerca de 100 mil pessoas participaram da II Marcha de Belém Contra o Trabalho Infantil, na manhã deste domingo (1º), saindo da Escadinha do Cais do Porto, às 8h, em direção ao Largo do Redondo, na avenida Nazaré com a travessa Quintino Bocaiúva, passando pela avenida Presidente Vargas, na capital paraense. O evento foi organizado pela Justiça do Trabalho da 8ª Região (TRT8), por meio da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estimulo à Aprendizagem, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.

O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que estava no evento, disse que esse é um momento de “dar as mãos” pela defesa da infância. “Com a conscientização e outras ações desse tipo, poderemos ter um futuro melhor, em que a criança não seja explorada. Por isso, não medimos esforços e estou muito feliz porque a sociedade belenense abriu os olhos para esse problema”, disse.

image O evento foi organizado pela Justiça do Trabalho da 8ª Região, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. (Akira Onuma / O Liberal)

Já a secretária de cultura do Pará, Úrsula Vidal, que representou o governo do Estado na marcha, ressaltou que a população “encheu as ruas de esperança” ao atentar para a questão. “Não é normal criança trabalhar. Não podemos normalizar o discurso de que ‘é melhor estar trabalhando do que roubando’. O governo do Pará está totalmente comprometido com essa causa, que também é responsabilidade da sociedade e de cada um de nós”.

Além da presença da representante oficial, o governo estadual contribuiu com a divulgação do evento e a disponibilização dos trios elétricos e de ambulâncias para atender à população, e também garantiu o apoio das Secretarias de Segurança Pública (Segup) e de Saúde (Sespa), do Corpo de Bombeiros, da Polícias Civil e Militar, do Departamento de Trânsito (Detran) e da Ação Cidadania do ParáPaz. Apenas dos órgãos de segurança pública compareceram 252 agentes. Pela Secretaria de Educação (Seduc), participaram 1.400 alunos de 25 escolas.

Também esteve presente na marcha a atriz Dira Paes, que participa, há 16 anos, de um grupo que luta contra o trabalho escravo e, desde 2014, é parceira das ações da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT8. “O trabalho infantil é uma vertente do trabalho escravo, porque não há remuneração e a criança é obrigada a trabalhar, geralmente pelos pais ou responsáveis, para ajudar na renda da família. Neste domingo pudemos ver a força da organização de uma marcha tão linda. Temos lutado por essa causa e é o momento certo de discutir. O Pará tem esperança”, declarou Dira.

image Pela Secretaria de Educação (Seduc), participaram 1.400 alunos de 25 escolas. (Akira Onuma / O Liberal)

Entre os organizadores do evento, a presidente do TRT8, desembargadora Pastora do Socorro Teixeira Leal, disse que esta foi uma festa de solidariedade. O objetivo do órgão, segundo ela, é tornar cada vez mais visível o combate ao trabalho infantil. As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, nos Conselhos Tutelares ou em qualquer órgão de atendimento da infância, de maneira gratuita.

A aposentada Selma Figueiredo, de 58 anos, foi à marcha para apoiar a causa junto com sua família: marido, filhas e netas. “Somos contra o trabalho infantil, criança tem que estudar”. Da mesma forma, Rosilene Barros, de 53 anos, trabalha no apoio operacional de uma escola infantil e estuda o trabalho infantil em sua pós graduação. Além de apoiar a causa, ela também teve o objetivo de aprender mais sobre o assunto no evento. “Tem muitas crianças na minha família e sempre digo para elas estudarem. Minha neta de 15 anos me pede para trabalhar como jovem aprendiz, mas digo que não há necessidade, que ela tem que estudar e só depois trabalhar”, destacou a participante.

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