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Floradas dos ipês de Belém já embelezam a cidade

Além de oferecer sombras, os ipês colorem a capital. Fenômeno dura até o próximo mês

Cleide Magalhães
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Os belenenses têm até o próximo mês para perceber e prestigiar uma cidade mais colorida, bonita e poética, mesmo na área urbana. A floração dos ipês rosa, branco e amarelo mudam a rotina de Belém desde julho e segue até setembro. 

A floração das árvores dura uma semana e ocorre em alguns pontos da cidade, em especial, nos canteiros e nas praças, como nos bairros da Cidade Velha, São Brás, Marco e Souza. Além de oferecer cores e embelezar o espaço urbano, os ipês levam poesia e resgatam a memória de muita gente. E ajudam ainda na arborização de Belém, que conta com déficit de cerca de 480 mil árvores, conforme aponta o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a cidade possui hoje cerca de 120 mil árvores pelos espaços públicos, das quais pelo menos dez mil são ipês.  

image Florada dos ipês enfeitam Belém até setembro (Igor Mota / O LIberal)

Símbolo nacional


O ipê tem sua flor considerada símbolo do País. Por isso, a maior parte das cidades brasileiras o cultivam. Em Belém, desde a década de 90, os ipês já estavam plantados. Na avenida Almirante Barroso, no trecho que vai desde os bairros de São Brás, passando pelo Marco até o Souza, cerca de 99% das árvores que ficam no canteiro central da via são ipês. O cenário colorido é observado e elogiado por quem passa por lá de diversos modos: bicicleta, ônibus, carro, correndo e a pé. 

"Precisamos dar mais valor, parar, mesmo que seja um pouquinho, para prestigiar, porque isso é lindo demais em pleno centro urbano", disse, com pressa, o ciclista Elias Silva, na ocasião em que fotografava os ipês. Ele passa todos os dias pelo canteiro da Almirante Barroso, já que mora em Ananindeua e trabalha em Belém. 

Encanto nos corredores da capital


Na manhã desta quarta-feira (12), o pedreiro desempregado Ronaldo Braga, 62 anos, que mora no bairro do Tapanã e estava em São Brás, conta que sempre valorizou os ipês. "Essas árvores representam muito pra nós e para esse ambiente, porque traz sombra e nos faz respirar melhor. Sem a árvore a gente não vive muito tempo, porque ela ajuda o clima ficar mais leve, traz o vento, faz sombra e oferece o oxigênio. Tem tempo que esses ipês ficam bem floridos, as flores e folhas caem e depois nasce tudo de novo. É uma beleza ver as folhas caindo... a gente vê que existe a vida e isso me chama muito atenção", afirma Braga. 

A estudante do curso de graduação em Matemática Izabele Drago, 18 anos, caminhava a pé pela avenida Almirante Barroso para fazer compra em uma loja. Ela também enalteceu e registrou a florada dos ipês.

"Essa avenida é muito bonita por causa desses ipês. Acho elas tão lindas pelas rosas e, principalmente, quando elas caem aqui no chão.  É muito bom andar a pé pela cidade, porque dá para prestigiar com calma e até fotografar. Essas árvores são fundamentais no meio ambiente, no ambiente urbano, porque a cidade tem muito asfalto e as árvores trazem mais sombra e vento pra gente ajudando a refrescar mais. À noite ficam lindas também", elogia a jovem, que mora no bairro da Terra Firme. 

image Árvores encantam transeuntes (Igor Mota / O LIberal)

Mais de 800 espécies nas américas


​A partir de pesquisas, foi possível verificar que na América existem mais de 800 espécies de ipês. Além disso, que a floração dos ipês ocorre na fase adulta da planta, entre dois e três anos de existência, e este período varia de acordo com as condições do solo e espécie da planta. A origem é da Mata Atlântica, cerrado e florestas densas, mas existem em todo o Brasil, pois se adaptaram clima da região.

Depois da fase de floração, entre julho e setembro, o ipê amarelo fica sem nenhuma folha e, em seguida, passa pela etapa de frutificação, entre outubro e novembro, depois as folhagens voltam ao normal. Essas características se diferenciam em relação aos ipês rosa.

Belém tem dez mil ipês 


Em Belém, segundo o diretor-geral da Semma, Paulo Porto, a cidade conta com pelo menos dez mil ipês das cerca de 120 mil árvores existentes nos espaços públicos.

"Os ipês nas cores rosa, branca e amarela são plantas de arborização utilizadas em Belém há muitos anos, principalmente em praças e canteiros centrais. Desde a década de 90, já se tem ipês na cidade. O ipê roxo é uma espécie mais difícil de ter muda. Não plantamos nas ruas e avenidas por conta da rede elétrica e também por a árvore não formas uma copa muito densa. A espécie branca é a que tem a formação de copa mais fechada, mais forte. As outras chegam na época de floração perdem as folhas e conseguem florir, normalmente, de julho a setembro e até outubro. Além da cor na cidade, elas arborizam e ajudam na diminuição do calor", explica Porto. 

Ainda segundo ele, a Prefeitura de Belém tem sempre plano de plantio dessas e de outras espécies em canteiros centrais e em áreas de expansão da cidade. "Em algumas praças novas e nas antigas fazemos a reposição dos ipês, porque eles têm embelezamento muito bom para a cidade, além das cores das flores. Quando elas estão em canteiros centrais, de forma mais adensadas, próximas elas conseguem formar sombra. Não sabemos quanto mais ainda vamos plantar, mas vamos repondo de acordo com a expansão da cidade e conforme o Manual de Orientação Técnica de Arborização Urbana de Belém, elaborado em 2012", informa Paulo Porto.

image Uma capital verde: Belém tem 120 mil árvores  (Igor Mota / O LIberal)
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