Após tumulto em Belém, Luciano Hang responde a Freixo: 'temos mais 5 para inaugurar até fim do ano'
Farpas foram trocadas com candidato à prefeitura do Rio, que citou fechamento de loja no Pará, à véspera do Círio, por aglomerações e crime contra a saúde pública
O professor de história Marcelo Freixo, deputado federal pelo PSOL-RJ e atualmente candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, voltou a chamar a atenção das redes para os tumultos e aglomerações registrados na abertura de uma megaloja de uma rede nacional em Belém, no sábado (10). O estabelecimento acabou fechado pela polícia, após infrações apontadas na programação de inauguração, na rodovia Augusto Montenegro. Na postagem, Freixo troca farpas com Luciano Hang, dono da rede de lojas, citando o fato em Belém como "crime de saúde pública" e chamando o empresário de "genocida". Hang respondeu a Freixo dizendo que abrirá mais cinco lojas - e mandou o professor ir "trabalhar".
"Em plena pandemia, o bolsonarista Luciano Hang inaugurou uma loja em Belém com aglomeração e sem nenhuma medida de segurança contra a Covid. Isso é crime contra a Saúde Pública! Genocidas!", disse Marcelo Freixo
"Freixo, você é da turma que gosta de ficar em casa. Não gosta de trabalhar e odeia quem gosta", rebateu Luciano Hang. "Não parei um dia sequer nesses 9 meses, não demitimos, não paramos de abrir lojas e temos mais cinco para inaugurar até o fim do ano", prometeu.
Segundo Luciano Hang, a "geração de empregos é o melhor programa social". O empresário ainda aconselha Freixo: "Cuidado. A inveja, quando não mata, aleija. Quando quiser trabalhar, me procure. Vai que tem uma vaga disponível para primeiro emprego. Só que aqui vai ter que trabalhar. Aqui ninguém fica sem fazer nada", disse ainda o empresário, que assina a postagem como "Veio da Havan".
"Freixo, você é da turma que gosta de ficar em casa. Não gosta de trabalhar e odeia quem gosta, Não parei um dia sequer nesses meses, não demitimos, não paramos de abrir lojas e temos mais cinco para inaugurar até o fim do ano", rebateu Luciano Hang. "Quando quiser trabalhar, me procure. Só que aqui vai ter que trabalhar. Aqui ninguém fica sem fazer nada"
Loja já está funcionando de novo
O estabelecimento fechado pela polícia voltou a abrir as portas em Belém no dia seguinte, domingo (11). A reabertura ocorreu logo após os responsáveis serem chamados para prestar esclarecimentos à polícia sobre o ocorrido e o estabelecimento ser autuado por crime contra a saúde pública - por ferir várias regras e protocolos estabelecidos para o controle da pandemia da covid-19 no Pará.A Polícia Civil do Pará informou que o representante do estabelecimento foi intimado para prestar esclarecimentos e autuado por crime contra a saúde pública, de acordo com o artigo 268 do Código Penal Brasileiro, cuja pena varia entre um mês e um ano de detenção, além de multa.
Polícia diz que vai agir se loja voltar a quebrar regras
No domingo de Círio (11), a Polícia Civil do Pará já havia informado, em nota, que tomou todas as providências cabíveis em relação ao caso e que só deve adotar novas medidas "se houver persistência no descumprimento das regras sanitárias conforme previsto na lei".Segundo disse a Polícia Civil, equipes da Polícia Militar e da Vigilância Sanitária da Sespa retornaram ao estabelecimento para avaliar a situação. "Constataram que as medidas de saúde estavam sendo cumpridas. O local que tem capacidade para 1.500 pessoas só poderá receber apenas 700 clientes, de acordo com o estabelecido pelo Decreto Estadual".
Empresário pediu 'desculpas'
Procurada pela redação integrada de O Liberal desde o sábado, a empresa dona da rede nacional de lojas não respondeu à reportagem até hoje. No entanto, em postagem feita na redes sociais no próprio sábado, o empresário Luciano Hang, dono da rede, respondeu diretamente ao governador do Estado, Helder Barbalho, sobre o fechamento da loja após a inauguração em Belém.Hang pediu desculpas ao governador e chamou a aglomeração causada pela festa de inauguração de "carinho". Veja a postagem original: