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Ananindeua cria comitê de diálogo com os indígenas Warao do Curuçambá

Bairro tem o maior grupo de indígenas venezuelanos da etnia Warao, em Ananindeua, com cerca de 27 famílias

Redação Integrada

Foi assinado pelo prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos, em uma consulta pública, nesta sexta-feira (16), na comunidade do Jardim Cidadania, no bairro do Curuçambá - onde vive o maior grupo de indígenas venezuelanos da etnia Warao, em Ananindeua, com cerca de 27 famílias - o decreto que cria o Comitê Intersetorial Municipal de Acolhimento e Atenção à População Indígena Warao (Cimapiw).

O município divulgou que quer garantir direitos básicos aos venezuelanos "para viverem com dignidade no local e passarem a desfrutar de políticas públicas voltadas à educação, moradia, saúde, entre outrosmunicípio divulgou que quer garantir direitos básicos aos venezuelanos "para viverem com dignidade no local e passarem a desfrutar de políticas públicas voltadas à educação, moradia, saúde, entre outros.

Segundo o decreto, o Comitê Intersetorial Municipal de Acolhimento e Atenção à População Indígena Warao (Cimapiw) é formado pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur, escritório local), ASDRA/UNICEF, a Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público (MPPA), as Secretarias Municipais de Saúde (Sesau), Habitação (Sehab), Educação (Semed), Cidadania Assistência e Trabalho (Semcat), Orçamento e finanças (Sepof).

image O decreto busca garantir direitos básicos aos venezuelanos (Reprodução / Silvio Garrido)

Representante do escritório estadual da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Janaína Galvão elogiou a iniciativa do prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel, de criar um Comitê Intersetorial Municipal de Acolhimento e Atenção à População Indígena Warao (Cimapiw).

“Não vejo como uma política eficiente colocá-los em abrigos ou manter aluguel social para viverem em kitnets. Pois eu entendo que com o passar do tempo o poder público não consegue manter os ambientes adequadamente e vocês passam a viver em um ambiente insalubre, ruim, sem qualidade de vida. Como prefeito tenho que oferecer condições para que possam viver num lugar mais adequado. Vamos propor uma das ilhas da cidade para que possam se instalar lá, tendo acesso ao transporte, atendimento do CRAS, do posto de saúde, escola para os filhos”, discursou o prefeito de Ananindeua, sendo traduzido em duas línguas, em espanhol e em dialeto warao.

A Secretaria de Assistência Social informou que mais de 100 pessoas da comunidade, a maioria crianças e mulheres, vivem no bairro do Curuçambá e são usuárias do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

“Este passo é tão importante no acolhimento e também de garantia para dar a essas famílias uma interlocução um diálogo com a sociedade brasileira. Espero que as nossas reuniões e nossos encontros resultem em coisas boas e que possam melhorar a qualidade de vida dos Waraos em Ananindeua”, disse a promotora de Justiça pela infância e Juventude, do Ministério Público do Pará, Patrícia Araújo.

image Cerca de 27 famílias vivem na comunidade do Jardim Cidadania (Reprodução / Silvio Garrido)

A partir de agora, o Cimapiw se propõe uma agenda de ações para mapear as questões que envolvem os povos refugiados, incluindo a realização de audiências públicas para buscar construir diálogo e maior proximidades com os indígenas.

Segunda a Acnur, ao articular a criação do Comitê de forma intersetorial e com participação direta da comunidade, Ananindeua passa a se tornar referência internacional no modo como trata a questão dos refugiados no Brasil.

“Nós temos enquanto Agência Acnur de refugiados, temos o interesse em trabalhar para o próximo, não só o interesse, mas o dever de trabalhar com vocês nesse processo para garantir que Ananindeua continue nesse caminho porque, pelo o que eu vejo, o município está em um caminho de liderança, não só no estado do Pará, mas em todo Brasil”, afirmou Janaína Galvão, representante da Agência da ONU Para refugiados.

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Belém
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