Passarelas garantem segurança a pedestres nas grandes avenidas de Belém
Diante do intenso fluxo de veículos, as passarelas surgem como a alternativa mais segura para a travessia de pedestres, garantindo também a fluidez do trânsito
Não é raro que pedestres caminhem por grandes avenidas e encontrem dificuldades para atravessar, principalmente por conta da distância de sinais de trânsito e faixas de pedestres. Nesse cenário, as passarelas surgem como uma alternativa para garantir uma travessia segura, com oito estruturas presentes em pontos de grande fluxo de Belém.
Na avenida Almirante Barroso, um dos principais corredores de entrada e saída da capital paraense, três passarelas facilitam a travessia de pedestres. Duas delas estão localizadas entre as avenidas Júlio César e Tavares Bastos: uma em frente a uma faculdade particular e ao Conjunto Império Amazônico, e outra diante do prédio da Corregedoria Geral da Polícia Militar. Por estarem próximas a paradas de ônibus, são bastante utilizadas por quem precisa acessar os coletivos nos dois sentidos da via, como a aposentada Maria Lopes, que passa pela passarela do Império Amazônico semanalmente.
“A minha família mora aqui no Império Amazônico, então essa passarela é importante para a gente atravessar. A passarela é importante pelo cuidado das pessoas, porque fica passando o carro e atravessar pelo meio do carro é perigoso”, disse.
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Moradora de Ananindeua, a aposentada afirma que as passarelas são essenciais, sobretudo em trechos onde as faixas de pedestres ficam distantes. Segundo ela, a falta de opções seguras faz com que muitas pessoas arrisquem a vida atravessando em locais impróprios e perigosos.
“Onde eu moro tiraram a passarela para a gente atravessar, e é ruim, é muito arriscado. O sinal que tem para atravessar está bem mais distante, muitos motoristas não param, aí fica muito ruim. E o sol quente é horrível. Nós temos que sofrer com isso. Já cheguei a ver um acidente, na hora que tinha acabado. Também tem muita gente que tem a passarela e vai atravessar por baixo, aí o perigo já é com elas”, contou.
Outra passarela da Almirante Barroso está em frente ao Instituto Federal do Pará, entre as travessas Timbó e Estrela. Ela é o principal ponto de travessia para os estudantes que chegam e saem do instituto.
O auxiliar de expedição Tiago Willam, que trabalha próximo à estrutura, destaca que a passarela garante mais segurança. Ainda assim, muitas pessoas insistem em atravessar fora dela e em locais sem faixa de pedestre, o que, segundo ele, já resultou em acidentes presenciados de perto.
“As passarelas são muito importantes, até porque no meio já tem as proteções aqui. Então, a passarela é essencial para poder atravessar a avenida. Infelizmente, já presenciei na travessia irregular, nas partes da avenida que não têm o cercado do BRT, as pessoas esquecem que há imprudência de motos, principalmente. Então, moto e até alguns carros cruzam o BRT e as pessoas não se ligam ainda nesse detalhe”, contou.
Segundo Tiago, seria essencial também priorizar estruturas mais acessíveis para pessoas com deficiência. “Acredito que a acessibilidade é essencial, as pessoas com deficiência, com cadeira de rodas, que não conseguem subir as escadas, então seria algo a ser pensado também”, disse.
Passarelas passaram por reformas
Além das passarelas na avenida Almirante Barroso, existem também outras cinco passarelas em vias de grande circulação de Belém: três na Avenida João Paulo II, uma na Avenida Júlio César e uma na Avenida Pedro Álvares Cabral. Segundo a prefeitura da capital paraense, as estruturas têm passado por um processo de reformas.
“A prefeitura tem desenvolvido ações de manutenção e revitalização dessas passarelas por meio do projeto de urbanismo tático. Atualmente, estão em andamento obras nas três passarelas da Avenida Almirante Barroso, e os serviços incluem reparos na cobertura, recuperação do piso, pintura com grafismos e intervenções de paisagismo, visando transformar esses espaços em ambientes mais seguros, acessíveis e agradáveis, fazendo com que o uso das passarelas seja mais atrativo, incentivando os pedestres a optarem por travessias seguras e contribuindo para a redução de acidentes”, informou em nota.
Segundo Erick Miranda, diretor de trânsito da Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel), as passarelas são fundamentais não apenas para garantir a travessia segura dos pedestres, mas também para preservar o bom fluxo de veículos nas grandes avenidas.
“Para fins de legislação de trânsito, a passarela é uma obra de arte destinada à transposição de vias em desnível aéreo e ao uso principalmente de pedestres. A sua estrutura foi desenhada e designada justamente para oferecer ao pedestre a possibilidade de uma travessia segura. Ela é utilizada principalmente em vias de grande volume, onde passam um número de veículos em que, muitas vezes, há necessidade de sinalização semafórica ou outro tipo de interferência no trânsito, o que poderia prejudicar ainda mais a fluidez. Assim, a passarela permite que o fluxo de veículos continue se deslocando, enquanto o pedestre atravessa a via com segurança”, explicou.
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