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Pará registra mais de 107 mil infrações por avanço do sinal em 2021

Em 2022, nos meses de janeiro e fevereiro, o Pará registrou 21.437 infrações pela mesma irregularidade

Dilson Pimentel

Em 2021 foram registradas, no Pará, 107.877 infrações por avanço do sinal. Dessas, 96.479 foram computadas em Belém. Em 2022, nos meses de janeiro e fevereiro, o Pará registrou 21.437 infrações pela mesma irregularidade. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran/PA), que explicou que esses números envolvem as infrações registradas por todos os órgãos de trânsito - além do próprio Detran, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e órgãos municipais.

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Os dados da capital paraense de 2022 ainda não estão disponíveis. Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), os locais com mais ocorrências de acidentes na capital, em sua maioria, são exatamente os que possuem semáforo. Esse ranking é liderado pela avenida Almirante Barroso, um dos principais corredores de tráfego da cidade.

Bacharel em direito e especialista em mobilidade urbana e trânsito, Rafael Cristo disse que o número de colisões de trânsito “acidentes” em Belém, de forma geral, é bastante acentuado, e que as ocorrências estão relacionadas diretamente a fatores comportamentais vinculados à imprudência, negligência e imperícia.

O que chama a atenção é que, mesmo com a existência de semáforos, os condutores continuam avançando o sinal. Rafael observou que há, à luz do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), há duas formas possíveis de notificar as infrações por avanço de sinal vermelho. Uma é pelo agente de autoridade, que utiliza como referência o avanço do sinal vermelho de fato para materializar a infração.

Especialista em trânsito defende a realização de campanhas educativas

A outra forma de autuação é executada por aparelho eletrônico, cuja referência é a faixa de retenção de veículo com sensores. “Importante para evitar o avanço do sinal vermelho e possível colisão/acidente é reduzir a velocidade e redobrar atenção a fim de evitar risco à segurança do trânsito”, disse.

Se o semáforo não é suficiente para que o condutor respeite a sinalização, o que, então, deveria ser feito? Rafael Cristo responde: “Fundamental é trabalhar campanhas com educativas que demonstrem o risco de se avançar o sinal vermelho, o impacto social e econômico e, também, sanções jurídicas pelo fato de não obedecer a sinalização e provocar acidente ou até mesmo crime de trânsito à luz do CTB”.

Para ele, é importante perceber que não se trata apenas de uma infração gravíssima com 7 pontos no documento de habilitação. Mais do que isso, essa conduta ao volante coloca em risco a vida do próprio condutor e, também, de outras pessoas. “Gera risco à incolumidade de outrem”, afirmou.

Vias de maior ocorrência de acidentes - todas com semáforos:

  • Avenida Almirante Barroso, nos cruzamentos com as travessas Angustura, Lomas Valentinas, Mauriti, e com a avenida José Malcher/rua Ceará e avenidas Júlio César e Tavares Bastos;
  • Avenida Augusto Montenegro com as avenidas Laércio Barbalho e Centenário e, ainda, com o trevo do Satélite e com a rua da Marinha;
  • Avenida Pedro Álvares Cabral com a avenida Visconde de Souza Franco.

Fonte: Semob