Jovem paraense transforma Estação das Docas em jogo de cartas que estimula estratégia; confira
Card game "Docas" simula navios descarregando cargas no ponto turístico da capital paraense
Um jovem paraense criou um jogo de cartas inspirado em um dos principais pontos turísticos de Belém: a Estação das Docas. O card game, chamado "Docas", foi desenvolvido por Enzo Dimitri, de 23 anos, e traz diversos elementos regionais. Na partida, os jogadores controlam navios que competem para ver quem descarrega suas cargas mais rápido, operando o guindaste amarelo da Estação.
O baralho de ação também traz cartas com elementos típicos da região Norte, como garça, urubu, pororoca e "toró". O jogo foi lançado oficialmente no início de julho na Ludoteca SideQuest, em Belém, e está disponível para compra por R$ 99,90 através do Instagram oficial do projeto: @docas.br.
Como funciona o jogo?
"Docas" pode ser jogado por 2 a 5 pessoas e tem duração média de 15 a 45 minutos por partida. A proposta é simples: cada jogador assume o comando de um navio tentando descarregar suas cargas o mais rápido possível, utilizando o guindaste da Estação das Docas.
A partida começa com cada jogador recebendo um navio, 8 cubos de carga e 4 cartas de ação. Cada navio tem um limite de carga diferente — alguns suportam até 8 cubos, enquanto outros carregam no máximo 3.
O jogo é composto por dois decks de cartas e diversos desafios estratégicos. Segundo o criador, o jogo é simples, mas exige estratégia.
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Processo criativo
Em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, Enzo revelou que a ideia inicial era um jogo com temática espacial, mas logo sentiu o desejo de se conectar com sua identidade local.
"A temática do jogo veio naturalmente. De início seria algo espacial, que me atrai muito, mas pensando na ideia da conexão, quis fazer algo particular, mas não só pra mim. A Estação entra nesse ponto. Apesar de vários elementos regionais provocarem esse sentimento aqui em Belém, as Docas são, de certa forma, algo que se preservou íntimo", contou.
Apesar da forte estética regional, Enzo destaca que o jogo também traz uma perspectiva mais ampla. "Os navios, por exemplo, levam nomes de navegadores históricos. Quis criar essa ponte entre Belém e o exterior", disse.
"Desenvolvi todo o projeto sozinho em cerca de 2 meses. Tenho alguma experiência acadêmica com criação de jogos digitais e também trabalho com desenho há um tempo. Acho que isso me ajudou na criação. Em uma noite já tinha boa parte das regras no papel. As artes fui fazendo aos poucos, no tempo livre", comentou.
A primeira edição do jogo teve uma tiragem limitada de apenas 50 cópias, boa parte vendida ainda no evento de lançamento. Mas os interessados ainda podem garantir o jogo na loja oficial. Segundo Enzo, uma nova edição está prevista para ser lançada ainda este ano, com produção ampliada.
"O jogo é simples mas estratégico, permite reviravoltas, tenho certeza que quem experimentar vai gostar", completou enzo.
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