Fiscalização ambiental busca proteger tartarugas-marinhas em Salinópolis
A medida previne que a reprodução das tartarugas-marinhas sofra complicações ou seja prejudicada
A fiscalização ambiental será intensificada para a preservação de tartarugas-marinhas a partir do primeiro fim de semana de julho (5 e 6), na Praia do Atalaia, em Salinópolis, nordeste paraense. A região conhecida como Ponta da Sofia será fiscalizada até o fim do mês para garantir a proteção da fauna costeira, em especial das diferentes espécies de quelônios que desovam na areia nessa época do ano. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) será o responsável pela fiscalização.
A circulação de veículos motorizados está proibida em três quilômetros de praia, a partir do terceiro atalho de acesso. A medida previne que a reprodução das tartarugas-marinhas sofra complicações ou seja prejudicada. A ação foi indicada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e ratificada em decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).
Outras ações proibidas são o uso de garrafas de vidro, o descarte de resíduos e a poluição sonora por meio de carretas de som automotivo nesse trecho da praia. Agentes públicos realizam patrulhamento, e câmeras de monitoramento fazem a cobertura de toda a área. Responsáveis por veículos que ultrapassarem a barreira delimitada serão identificados e deverão responder por crime ambiental. Somente o trânsito de pedestres e banhistas está liberado no local.
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A colaboração da população é fundamental para o sucesso da operação, conforme declarado pelo Ideflor-Bio. "Com educação ambiental, fiscalização e o apoio de turistas e moradores, é possível manter a Praia do Atalaia como um dos maiores símbolos de beleza e preservação do litoral paraense", pontuou o diretor.
Desde a primeira temporada de fiscalização — que se encontra na terceira ação preventiva na Praia do Atalaia — os resultados têm sido positivos para os animais. Aproximadamente mil filhotes de tartarugas-marinhas já foram soltos somente no perímetro da Ponta da Sofia, o que reforça a importância da iniciativa para a conservação da biodiversidade costeira.
A área de preservação é adjacente ao Monumento Natural do Atalaia, uma das 29 Unidades de Conservação geridas pelo Ideflor-Bio. Em períodos de grande circulação de turistas, iniciativas com medidas rigorosas são fundamentais para assegurar o equilíbrio ecológico da região.
O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, esclareceu por que é essencial garantir a segurança e o futuro das espécies ameaçadas. "A proteção dessa parte da praia é uma ação estratégica, que une preservação ambiental e responsabilidade social. A presença do poder público nesse período mostra que o Pará está comprometido com o respeito à natureza e ao uso consciente dos espaços naturais", enfatizou.