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Após morte de ave do Museu Goeldi, suspeita de gripe aviária é descartada e espaço retoma visitação

A visitação pública do Parque Zoobotânico do Museu será retomada a partir de quarta-feira (18), às 9h.

O Liberal

Foi descartada a suspeita de gripe aviária como causa da morte do mutum-cavalo (Pauxi tuberosa), que fazia parte do acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Segundo laudo laboratorial emitido pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), a ave, que faleceu na semana passada, morreu devido a uma broncopneumonia aguda, conforme aponta o resultado divulgado nesta segunda-feira (16). Diante disso, a visitação pública do Parque Zoobotânico do Museu será retomada a partir de quarta-feira (18), às 9h.

Além do mutum-cavalo, outras aves de diferentes espécies que coabitavam no recinto também foram testadas e não apresentaram infecção pelo vírus H5N1. Com isso, a visitação poderá ocorrer nos dias e horários de funcionamento regulares: de quarta-feira a domingo, das 9h às 16h (a bilheteria encerra uma hora antes).

Medidas preventivas continuam em vigor

O Museu Goeldi reforçou que mantém as medidas preventivas já anunciadas, em conformidade com o decreto do Governo do Pará que declarou estado de emergência zoossanitária para prevenção e controle da gripe aviária em todo o estado. “Por esse motivo, a instituição manteve a suspensão temporária do recebimento de aves e mamíferos silvestres”, detalha a instituição.

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Conheça o mutum-cavalo

O Pauxi tuberosa é uma espécie que ocorre especialmente na Amazônia meridional, sendo registrada desde o extremo sudeste da Colômbia, leste do Peru e da Bolívia até o Brasil, onde é encontrada na calha sul do rio Amazonas e em regiões do Mato Grosso até parte do Tocantins. Segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira, o nível de ameaça da espécie é considerado de menor preocupação (LC).

A ave mede de 83 a 89 cm de comprimento, pode pesar até 3,85 kg e possui penugem negra, ventre ferrugem, ponta da cauda branca e bico vermelho com uma protuberância na parte superior. Seus hábitos alimentares incluem frutos e pequenos vertebrados e invertebrados, capturados principalmente junto ao solo, onde passa a maior parte do tempo.

Fêmea do Museu viveu quase 30 anos no parque

A mutum-cavalo fêmea que faleceu na semana passada era uma moradora antiga do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. Recebida pela instituição por meio de doação, viveu no local por quase 30 anos. Ela era um dos 80 espécimes residentes no viveiro — que abriga, ao todo, 10 espécies de aves da fauna amazônica.