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TV faz bem? Estudo revela que assistir pode melhorar concentração, mas redes sociais atrapalham

Pesquisa feita na Austrália mostra que até três minutos de uso já alteram foco, humor e energia em jovens

Hannah Franco
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Uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, trouxe descobertas curiosas sobre o impacto de diferentes tipos de telas no cérebro. De acordo com os pesquisadores, assistir TV e jogar videogame podem aumentar o foco, enquanto o uso de redes sociais está ligado à queda de concentração e piora no humor.

A pesquisa envolveu jovens adultos entre 18 e 25 anos e revelou que mudanças no cérebro e no comportamento ocorrem já nos primeiros três minutos de exposição a determinados tipos de conteúdo digital.

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O que acontece no cérebro após 3 minutos de tela?

Segundo a neurocientista Alexandra Gaillard, responsável pelo estudo, foram observadas alterações imediatas em foco, energia, tensão e até felicidade após breves períodos de uso de telas. “Essas descobertas sugerem que tipos interativos de entretenimento realmente deixam o cérebro mais envolvido”, explica Gaillard.

A pesquisa monitorou a atividade cerebral dos voluntários durante o uso de diferentes tecnologias. Jogos eletrônicos e TV mostraram efeitos positivos no foco e no esforço cognitivo, enquanto as redes sociais causaram o efeito oposto, reduzindo a concentração e provocando alterações de humor.

Por que redes sociais afetam negativamente a concentração?

O estudo apontou que, ao contrário da TV e dos jogos, que têm começo, meio e fim, além de exigir algum nível de atenção, as redes sociais estimulam rolagens rápidas, conteúdo fragmentado e notificações constantes, o que prejudica a atenção sustentada.

Além disso, a alternância rápida entre vídeos, imagens e comentários gera uma sobrecarga de estímulos, levando o cérebro à fadiga mais rapidamente, mesmo em pouco tempo de uso.

Qual o impacto das telas em crianças e adolescentes?

Apesar da pesquisa ter focado em adultos jovens, a cientista alerta que os efeitos em cérebros em desenvolvimento podem ser ainda mais profundos.

“Se esse é o efeito em um cérebro totalmente desenvolvido, precisamos considerar urgentemente os impactos em adolescentes e crianças que estão usando cada vez mais essas tecnologias”, afirma Gaillard.

Ela reforça que o tipo de conteúdo consumido importa mais que o tempo de exposição, especialmente entre os mais jovens.

As telas são sempre um problema?

Nem sempre. Os especialistas envolvidos no estudo ressaltam que o uso consciente da tecnologia pode trazer benefícios, desde que as escolhas sejam feitas com equilíbrio.

Além de servir para entretenimento e relaxamento, TV e jogos podem estimular habilidades cognitivas e sociais, especialmente quando usados de forma moderada.

“As telas não são o problema em si, mas precisamos fazer escolhas equilibradas e que realmente funcionem para cada jovem”, conclui Gaillard.

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