Tremembé: Saiba como estão hoje em dia os criminosos retratados no seriado do 'presídio dos famosos'
Série da Prime Video revisita os casos mais emblemáticos do sistema prisional brasileiro. Veja o que mudou na vida de cada condenado.
                            A nova produção original da Prime Video, "Tremembé", estreou no dia 31 de outubro e traz à tona a rotina de condenados de grande repercussão nacional que passaram pelo apelidado “presídio dos famosos”, a unidade prisional de Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado (localizada em Tremembé, interior de São Paulo). O seriado dramatiza, com licenças ficcionais, a rotina de detentos que cometeram crimes de grande repercussão nacional.
A seguir, confira os principais casos retratados na série, o crime, a condenação e onde cada um se encontra atualmente.
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Suzane von Richthofen
Uma das criminosas mais famosas do país, Suzane é uma das peças principais do caso Von Richthofen, que é considerado um dos crimes mais marcantes da história recente do Brasil. Em 31 de outubro de 2002, Suzane Von Richthofen, então com 19 anos, planejou o assassinato dos próprios pais, Manfred e Marísia Von Richthofen, com a ajuda do namorado Daniel Cravinhos e do cunhado Christian Cravinhos.
O casal foi morto a pauladas enquanto dormia, na casa da família, no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo. O crime foi motivado por interesses financeiros e pela reprovação dos pais ao relacionamento de Suzane com Daniel.
Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão por duplo homicídio triplamente qualificado. Daniel e Christian Cravinhos também foram condenados a penas semelhantes.
Situação atual
Após mais de 20 anos do crime, Suzane teve progressão para o regime aberto em janeiro de 2023, concedida pela Justiça de São Paulo, após cumprir os requisitos legais. Atualmente, ela vive em liberdade, mas ainda sob condições impostas pelo sistema penal. Suzane está casada e tem um filho que nasceu no começo de 2024 e cursa Direito em uma faculdade privada.
Daniel Cravinhos & Christian Cravinhos
Os irmãos Daniel e Christian Cravinhos participaram, ao lado de Suzane Von Richthofen, do assassinato de Manfred e Marísia Von Richthofen, em 2002, em São Paulo.Condenados a cerca de 39 anos de prisão cada um, ambos cumpriram parte da pena na Penitenciária de Tremembé (SP).
Situação atual
Atualmente, os dois estão em liberdade, mas mesmo assim, e, os irmãos seguem cumprindo as condições legais impostas pela Justiça
- Daniel Cravinhos cumpre pena em regime aberto e chegou a se casar em 2025, vivendo sob as regras do sistema penal, com obrigação de manter endereço fixo e comparecer periodicamente à Justiça.
 - Christian Cravinhos também progrediu para o regime aberto no início de 2025, após decisão judicial que contrariou parecer do Ministério Público de São Paulo.
 
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Roger Abdelmassih
O ex-médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução assistida, foi condenado por estupro e atentado violento ao pudor contra dezenas de pacientes entre os anos 1990 e 2008. Ele usava sua posição profissional para dopar e abusar de mulheres em sua clínica de fertilização, em São Paulo.
Em 2010, Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão, pena que depois foi unificada em cerca de 181 anos. O caso ganhou repercussão nacional pela gravidade dos crimes e pelo número de vítimas, que ultrapassou 40 mulheres.
Após um período foragido no exterior, ele foi preso no Paraguai em 2014 e trazido de volta ao Brasil. Com o tempo, passou a cumprir a pena em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde, mas a Justiça revogou o benefício em 2021, determinando seu retorno ao regime fechado.
Situação atual
Atualmente, Roger Abdelmassih segue preso em São Paulo, em unidade com estrutura médica, sob cuidados especiais devido à idade avançada (mais de 80 anos) e ao estado de saúde debilitado. Ele continua cumprindo pena em regime fechado e permanece proibido de exercer qualquer atividade médica.
Elize Matsunaga
Em 2012, Elize Matsunaga assassinou e esquartejou o marido, Marcos Matsunaga, herdeiro da empresa Yoki. O crime ocorreu após uma discussão motivada por ciúmes e descoberta de traição, em um apartamento de luxo em São Paulo.
Elize confessou o crime e foi condenada a 16 anos e 3 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Cumpriu parte da pena na Penitenciária Feminina de Tremembé.
Situação atual
Em maio de 2022, ela deixou a prisão após obter liberdade condicional, com obrigações legais como recolhimento noturno e prestação de serviços comunitários. Atualmente, vive em liberdade, tentando reconstruir a vida longe dos holofotes, mas ainda sob supervisão judicial.
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
O caso Isabella Nardoni ocorreu em março de 2008, quando a menina de 5 anos foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo. O crime, que comoveu o Brasil, levou à condenação do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, por homicídio triplamente qualificado.
Em 2010, Alexandre foi condenado a 30 anos e 2 meses de prisão, e Anna Carolina a 26 anos e 8 meses. Ambos cumpriram parte da pena na Penitenciária de Tremembé.
Com o passar dos anos, os dois obtiveram benefícios:Anna Carolina Jatobá teve progressão para o regime aberto em 2023 e Alexandre Nardoni também passou ao regime aberto em 2025, após cumprir mais de 15 anos da pena.
Situação atual
Atualmente, o casal vive fora da prisão, sob regras do regime aberto com recolhimento noturno e apresentação periódica à Justiça e busca manter uma vida discreta longe da mídia.
Sandrão
Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida como “Sandrão”, ganhou notoriedade ao se tornar uma das presas mais conhecidas da Penitenciária de Tremembé e por ter namorado Suzane Von Richtofen . Ela foi condenada por sequestro seguido de morte, ocorrido em 2003, quando um adolescente de 14 anos foi sequestrado em São Paulo e assassinado após a família não conseguir pagar o resgate.
Situação atual
Após anos de prisão, Sandrão obteve progressão de regime e passou pelo semiaberto até alcançar o regime aberto, sob condições impostas pela Justiça. Atualmente, ela vive em liberdade condicional, cumprindo as exigências legais e mantendo uma vida discreta fora dos holofotes
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
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