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Orgulho em ser corno: Saiba o que é 'cuckold', fetiche que faz sucesso no Brasil

Um dos adeptos afirma: 'Eu nasci para ser corno'. Entenda como a traição deixou de ser algo negativo

Rafael Lédo
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Dia dos Namorados chegando e é importante estabelecer a comunicação entre o casal para tratar de assuntos íntimos, como os fetiches. Uma das tendências é o chamado "cuckold". Enquanto a traição pode ser considerado um fim para algumas pessoas, os adeptos enxergam prazer em traídos, como no caso de Fagner, um corno assumido.

Fagner se identifica e gosta de ser tratado como corno sem nenhum tipo de tabu. Ele nasceu no dia 25 de abril. Uma data que é motivo de orgulho, já que ele comemora o seu aniversário e o Dia do Corno.

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O que é "Cuckold"?

"Cuckold" é o fetiche em que a pessoa sente prazer ao ver sua parceira ou parceiro fazendo sexo com outras pessoas. Essas é uma das práticas que mais geram curiosidade nas pessoas e tem ganhado cada vez mais espaço entre os brasileiros.

Na plataforma Sexlog, este é o termo mais procurado entre os mais de 23 milhões de usuários. “Existe um interesse crescente por dinâmicas não convencionais, e o 'cuckold' está entre as fantasias que mais despertam desejo e, ao mesmo tempo, quebra de preconceitos”, explica Mayumi Sato, CMO do Sexlog.

Como é ser corno?

“Ser corno, para mim, é ser cúmplice, é confiar, é sentir prazer em ver quem você ama sendo feliz”, explica Fagner.

Fagner conta que o seu desejo começou quando consumia contos eróticos e HQs que envolviam traição: "Aquilo foi me dando vontade de viver aquilo de verdade. Doze anos atrás, quando comecei a namorar a Kriss, com seis meses de relacionamento, contei para ela que tinha vontade de vê-la com outros homens”.

Ele lembra quando contou para a então namorada: "Ela achou que eu queria terminar, que não a amava mais. Ficou quase 15 dias sem falar comigo direito. Mas com o tempo, fui mostrando as histórias que lia, vídeos, e ela começou a se interessar também". Não demorou muito para o casal iniciar na prática. Durante o sexo, eles começaram a fantasiar e depois realizaram o primeiro ménage. "Desde então, não paramos mais", conta ele.

Marido submisso

Atualmente, após anos sendo um corno assumido, Fagner tem prazer em ser um "marido submisso", em que faz tudo o que sua "rainha" manda. Ele afirma que é prazeroso ver sua parceira numa relação íntima com outros homens, especialmente aqueles com órgão sexual maior, que podem dar mais satisfação a ela, na visão dele: “Eu tenho 16cm, e ela só sai com caras com mais de 20cm. É um prazer que eu jamais conseguiria proporcionar. Amo ver ela curtindo isso, sentir que estou ali para servir".

O que são os "bulls"?

Os "bulls" são os homens que a parceira escolhe para fazer sexo. No caso, é Kriss, esposa de Fagner, que determina: "Ela conversa com os caras, sente a vibe e marca um date. Os critérios são simples: precisa ter papo, ser dotado e deixar filmar. A gente grava tudo para postar nas nossas plataformas".

Fagner não descarta a possibilidade de trazer um parceiro fixo para a relação: “Curtimos a ideia de formar um trisal”.

E não tem ciúme?

Fagner até teve ciúme no início da prática, mas logo deu lugar ao prazer: “Até a quinta experiência, rolava aquele desconforto. Mas o tesão sempre foi maior. Quando rolou a primeira vez de verdade, eu já estava 100% certo de que era isso que eu queria”.

(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pìnheiro, editora web de Oliberal.com)

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