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Jovem preso por ameaçar Felca era hacker e invadia sistemas da polícia e do Poder Judiciário

Polícia afirma que suspeito de 21 anos é um "hacker bastante habilidoso"

Estadão Conteúdo
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Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, o jovem de 21 anos suspeito de ameaçar o youtuber Felca de morte e vender pornografia infantil na internet, era um "hacker bastante habilidoso", segundo Eronides Menezes, delegado da Polícia de Pernambuco e responsável pela investigação do caso. Cayo Lucas conseguiu entrar, inclusive, nos sistemas da Polícia de Pernambuco, adquirindo e vendendo informações sigilosas.

Preso em Olinda, Pernambuco, em ação das polícias de São Paulo e do Estado nordestino, ele foi localizado junto com um rapaz identificado como Paulo Vinícius, que também foi detido. A defesa deles não foi localizada.

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Paulo Vinícius confessou que não apenas invadia sistemas policiais como também vendia dados pelo Telegram por cerca de R$ 20 a R$ 30. A reportagem tenta contato com o Telegram.

"Ele (Cayo Lucas) confessou, inclusive, que tinha acesso a todos os sistemas das polícias do Brasil, sistemas do Poder Judiciário, sistemas de mandado de prisão, conseguindo, inclusive, inserir informações de mandado de prisão de qualquer indivíduo, qualquer inimigo, pessoa que fosse inimiga do grupo", relata o delegado Eronides Menezes.

"E, pelo que a gente tem o histórico de informações dele, essas informações realmente são verdades. Ele não apenas confessou, como também tinha elementos no computador dele, comprovando essa invasão", completa.

O delegado confirmou que mandados de prisão falsos eram criados usando informações obtidas ilicitamente para abertura de contas, lavagem de dinheiro e recebimento de pagamentos, "Justamente para fazer ameaças", diz Menezes.

"Como eles se sentiram ameaçados pelo o que o influenciador (Felca) fez, acabando com aquela cadeia de pedofilia que usava da rede do Instagram, eles ficaram com ódio e proferiram ameaças de morte a toda família (do Felca)", explica. Cayo Lucas também é investigado pela venda de pornografia infantil.

Ambos foram autuados em flagrante pelo crime de invasão de dispositivo informático alheio com acesso a informações sigilosas. O delegado pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.

Na casa do suspeito, a polícia encontrou um computador aberto no sistema de polícia pernambucano. "Quando adentramos o recinto, já estava lá o computador logado, aberto, bem exposto, com as informações e as credenciais de um policial militar, tinha o login, a senha, além de mais outras anotações com as credenciais dos sistemas aqui da Secretaria de Defesa Social e de outros sistemas que eles possuíam", relata o delegado.

"Ele (Cayo Lucas) acabou confessando, disse isso aqui não é meu, é dele (Paulo Vincícius), então a suspeita é de que, na verdade, ele foi lá para vender essas credenciais e o outro acabou adquirindo e logando lá da máquina dele, então, por isso, também foi autuado em flagrante".

Entenda o caso

No início do mês, Felca publicou um vídeo, chamado Adultização, para denunciar casos de adultos e influenciadores digitais que monetizam a partir da criação de conteúdos em que crianças e adolescentes são sexualizados.

Cayo é um deles. Investigado por envolvimento em venda de pornografia infantil, o jovem enviou diversas ameaças a Felca por e-mails: "e ae babaca vc acha que vai fica vc impune por denunciar o hytalo santos vc ta enganado vc vai se ferrar muito sua vida após a denunciando ele prepara pra morrer vc vai pagar com a sua vida (sic)" e "ae macaco branco vc vai morrer se prepara por sua vida vc corre risco e vc vai pagar com a vida vc e um otário pedófilo (sic)".

Felca tem expressiva presença nas redes sociais, contando atualmente com 17,7 milhões de seguidores no Instagram, 8,45 milhões no YouTube e 870 mil na rede X (ex-Twitter).

O influenciador relata que passou a ser perseguido nas redes sociais. Ele entrou com uma ação na Justiça de São Paulo e o Judiciário determinou a quebra de sigilo e bloqueio de mais de 200 perfis que o chamaram de pedófilo.

Após a publicação do vídeo, o assunto também entrou em discussão entre parlamentares e autoridades, que, pressionados a reagir diante de um tema tão importante, passaram a tratar com urgência uma proposta de regulamentação das redes sociais que estava parada no Congresso.

O projeto de lei chamado de "ECA Digital"- referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente - foi aprovado na quarta-feira, 20, na Câmara dos Deputados.

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