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Quem é o professor da USP que teve de deixar os EUA após atirar perto de sinagoga

O Departamento de Segurança Interna dos EUA afirmou que o visto temporário de Gouvêa foi revogado

Estadão Conteúdo

Carlos Portugal Gouvêa, advogado brasileiro e professor visitante em Harvard, teve de deixar os Estados Unidos após ter disparado chumbinho perto de uma sinagoga em Brookline (Massachusetts) em outubro. Após determinação do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), Gouvêa chegou ao Brasil na quinta-feira, 4.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA afirmou que o visto temporário de Gouvêa foi revogado em 16 de outubro após "um incidente de tiroteio antissemita". Gouvêa alega que estava caçando ratos.

Na quarta-feira, 3, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou a prisão do professor pelo ICE. A defesa de Gouvêa afirma que não houve prisão, mas apenas averiguação do serviço de Imigração, que exigiu a saída dele dos Estados Unidos - de forma voluntária ou via deportação. Ele aceitou deixar o país de forma voluntária.

Formado em Direito pela USP em 2001, Carlos Pagano Botana Portugal Gouvêa foi um dos fundadores do Instituto Sou da Paz (1997) e sócio fundador da Conectas Direitos Humanos (2002-2003). Em 2008, concluiu doutorado em Direito pela Universidade de Harvard.

Em 2018, foi pesquisador visitante na Yale Law School e na Wharton Business School da University of Pennsylvania, ambas nos Estados Unidos. Desde 2022, é professor associado de Direito na USP. Neste ano, assumiu como professor visitante em Harvard.

Gouvêa também é sócio-fundador do escritório PGLaw e fundado do Instituto de Direito Global, think tank dedicado às pesquisas sobre justiça social e ambiental.