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Presidente do Inep diz que memorização de questões do Enem não altera 'nenhum resultado'

Cinco dias antes das últimas provas do Enem 2025, estudante de Medicina divulgou em transmissão ao vivo nas redes sociais, questões iguais às que caíram no exame.

Redação O Liberal com informações da AE

Após três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serem anuladas por similaridade com divulgações em redes sociais, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Manuel Palácios, declarou que a memorização de perguntas "não coloca em risco nenhum tipo de segurança ou questão de sigilo" da prova.

Em entrevista, Palácios afirmou que "não há nenhuma injustiça" e que "nenhum resultado da prova, a nota que o estudante receberá, o final deste processo, nada será afetado por essa lembrança".

O estudante de Medicina Edcley Teixeira divulgou questões iguais às que caíram no exame em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, cinco dias antes das últimas provas do Enem 2025.

Detalhes da divulgação e posição do Inep

Uma das perguntas mostradas abordava a fotossíntese oxigênica, com a resposta correta sendo "água" em ambos os casos. Outro item tratava do parcelamento de uma compra de R$ 60 mil em seis vezes, com enunciado e números idênticos na prova oficial.

O Inep informou que, após auditoria, concluiu que Teixeira não teve acesso prévio à prova deste ano. Por isso, a instituição não pretende anular outras questões além das três já anunciadas.

Estratégia do estudante e investigação policial

Teixeira afirma nas redes sociais conseguir antecipar conteúdos com base em edições antigas do Enem e em outras provas usadas pelo Ministério da Educação (MEC) para testar o nível de dificuldade de perguntas futuras.

Ele também pagava estudantes para memorizarem questões de um pré-teste do Enem, aplicado na prova do Prêmio Capes de Talento Universitário.

Em entrevista, o estudante disse que as "similaridades pontuais foram coincidência" e que "não sabia" que questões idênticas às divulgadas cairiam na prova.

A Polícia Federal (PF), que apura suspeita de fraude no exame, cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Teixeira no Ceará. O celular e o notebook do estudante foram apreendidos.

Posteriormente, mais duas questões divulgadas por Teixeira foram identificadas como praticamente idênticas às do exame.