Novo Nordisk diz que semaglutida falhou em reduzir progressão do Alzheimer em estudos de Fase 3
A Novo Nordisk informou que seus estudos clínicos de Fase 3 não comprovaram que o semaglutida oral reduz a progressão do Alzheimer em estágio inicial. Segundo a companhia, os testes de dois anos, conduzidos com 3.808 adultos, não confirmaram superioridade de semaglutida versus placebo na redução da progressão da doença.
Embora o tratamento tenha mostrado melhora em biomarcadores associados ao Alzheimer, a empresa afirmou que isso "não se traduziu em um atraso na progressão da doença".
Os estudos incluíram pacientes de 55 a 85 anos com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, e o medicamento apresentou um perfil de segurança "consistente com ensaios anteriores".
Diretor científico da Novo Nordisk, Martin Holst Lange disse que, diante da "significativa necessidade não atendida" na área e de indícios preliminares, a empresa considerou ter a responsabilidade de explorar o potencial da semaglutida, apesar da baixa probabilidade de sucesso.
Lange também agradeceu participantes e cuidadores e reforçou que, embora o fármaco não tenha mostrado eficácia contra o Alzheimer, continua a oferecer benefícios para diabetes tipo 2, obesidade e comorbidades relacionadas.
Com os resultados, o período adicional de um ano dos estudos será encerrado. A companhia apresentará os dados em um congresso em 3 de dezembro e divulgará resultados completos em 2026.
Em Copenhague, a Novo Nordisk fechou em queda de 5,8%. Já os ADRs da companhia em Nova York recuavam 5,25% na reta final do pregão, às 17h55 (de Brasília).
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