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Mulher arrastada após ser atropelada em SP é transferida para o Hospital das Clínicas

Estadão Conteúdo

Tainara Souza Santos, de 31 anos, que foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, deixou o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, onde estava internada desde o final de semana e foi transferida para o Hospital das Clínicas nesta quinta-feira, 4. A informação foi confirmada pela assessoria do HC.

Ao Estadão, familiares comentaram que ela reagiu ao contato da mãe após os médicos diminuírem a sedação. Mãe de dois filhos, Tainara teve as pernas amputadas em decorrência dos ferimentos. O suspeito do atropelamento é Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que foi preso no domingo, 30.

Nas redes sociais, a irmã de Tainara, Tatiana Souza Santos, informou que a jovem permanece entubada e ainda respira com auxílio de aparelhos. Segundo ela, a mãe Lucia Aparecida Souza pediu para que a filha apertasse sua mão caso estivesse ouvindo. Tainara reagiu com um aperto.

Em seguida, Lucia perguntou com qual shampoo a filha gostaria que lavassem seu cabelo e pediu para que Tainara sinalizasse a opção escolhida. A jovem respondeu com outro aperto de mão quando a mãe citou "shampoo para cabelos lisos".

A irmã de Tainara afirmou ainda que a quarta cirurgia a que a jovem será submetida, para realizar um enxerto, ainda não foi agendada e não há data prevista. "Os médicos estão avaliando porque ela perdeu muita pele", afirmou.

Douglas puxou o freio de mão do veículo para aumentar a força de atrito sobre o corpo e tentar matá-la, segundo depoimento de Kauan Silva Bezerra, que estava no passageiro no momento do atropelamento.

A jovem passou por três cirurgias até o momento. A terceira, nesta terça-feira, 2, ocorreu para colocar pinos de sustentação na bacia. Amigos e familiares de Taynara se reuniram em frente ao hospital para uma corrente de oração.

Tatiana contou ainda que o rosto de Tainara está intacto, apenas com alguns arranhões. "Nada grave nem com os olhos, boca e nariz. Tudo perfeito. Sabe as unhas que ela gosta de usar? Estavam intactas, mas foram retiradas para que ela pudesse fazer a cirurgia".

A família a descreve como uma mulher alegre, vaidosa e independente, alguém que cuidava de si para se sentir bem. Ao Estadão, Tatiana contou que será "muito difícil, porque ela sempre foi tão ativa, tão cheia de vida. Ela vai precisar de muito apoio físico e psicológico".

Na quinta, a defesa do atropelador pediu sigilo em processo por conta de ameaças. O pedido ainda está sendo analisado pela Justiça. Segundo o advogado Marcos Leal, Douglas estaria recebendo ameaças de outros presos e de pessoas que entram em contato com ele via redes sociais.