'Felizmente estamos em democracia; pessoas podem protestar como indígenas fizeram', diz Ana Toni
Sobre a carta da ONU, Toni declarou que há um fluxo de cartas indo e vindo entre o Brasil e as Nações Unidas.
A diretora-executiva da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Ana Toni, minimizou, nesta sexta-feira, 14, os protestos de povos indígenas na COP30. Estes motivaram um aumento na segurança do evento e uma carta da Organização das Nações Unidas (ONU) cobrando que a presidência brasileira cumprisse os protocolos acordados.
"Estamos ouvindo a voz deles e o Brasil, felizmente, tem uma democracia muito forte na qual as pessoas podem protestar nas diferentes formas em que estão dialogando. Estamos nesta fase e provavelmente vamos ouvir os povos indígenas durante toda esta COP", afirmou, em coletiva de imprensa.
Mais cedo, ela e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, foram até a entrada do evento em Belém (PA) para conversar com as lideranças indígenas que protestavam nesta sexta. Sobre a carta da ONU, Toni declarou que há um fluxo de cartas indo e vindo entre o Brasil e as Nações Unidas.
"Em relação à ONU, estamos debatendo e discutindo durante todo o momento. Há uma comunicação muito fluida de cartas indo e voltando com a ONU sobre questões, desafios, e estamos debatendo", disse.
Sobre os protestos, que causaram pequenos danos na entrada do evento e deixaram dois seguranças com ferimentos leves, ela declarou que haver protestos é uma celebração de ter uma COP na Amazônia e dar vozes aos povos locais. "Nós realmente olhamos para o que aconteceu ontem, anteontem e hoje como realmente uma celebração por ter uma COP na Amazônia", completou.
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