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Juventude de Macapá lota as ruas da cidade em novo protesto contra a falta de energia

Na noite desta sexta (13), centenas de manifestantes caminharam pelo centro da capital para cobrar solução para o restabelecimento total de energia no estado

João Thiago Dias

Centenas de jovens de Macapá, no Amapá, lotaram as ruas do centro da cidade, na noite desta sexta-feira (13), em mais um protesto contra a falta de solução para o restabelecimento total de energia no estado, que se estende desde o dia 3 de novembro, após um incêndio numa subestação. Os manifestantes usaram placas e faixas destacando mensagens de cobrança do serviço, buzinas, apitos, panelas, vuvuzelas, tambores, microfones e carro de som para chamar atenção durante a caminhada.

A concentração começou por volta das 18h, em frente ao Palácio do Setentrião, sede do Governo do Estado do Amapá, no Centro, e seguiu pelas avenidas FAB e Padre Júlio Maria Lombaerd, em direção à orla da cidade, no bairro de Santa Inês. Durante o trajeto, que foi mantido de forma pacífica por cerca de duas horas e meia, houve uma interrupção no fornecimento de energia, mas muitos participantes conseguiram compartilhar fotos, vídeos e realizar lives do ato.

Os principais pedidos são: isenção da conta de energia por dois meses e ressarcimento do prejuízo causado pelo apagão; mais assistência a comunidades quilombolas e ribeirinhas; e apuração para possível negligência na ocasião do incêndio na subestação. 

Divulgado pela Polícia Civil do Amapá, um laudo preliminar realizado no transformador que pegou fogo detectou que o incêndio teve início após uma peça do equipamento superaquecer. Esse mesmo laudo descarta que foi o raio o causador da avaria do transformador. Além disso, o para-raios do local não acusou nenhuma anormalidade. O incêndio provocou um apagão em 13 das 16 cidades do estado, afetando cerca de 700 mil pessoas.

"No início, disseram que foi um raio que atingiu a subestação, causando o incêndio no transformador. Mas foi uma peça que queimou e iniciou o incêndio. A população cobra pelo descaso de negligência", relatou o estudante de jornalismo Thiago Abdon, de 25 anos, que esteve no ato.


Após a criação de grupos no Whatsapp e contas no Twitter e no Instagram (_sosamapa), a juventude engajada nas mobilizações deve impulsionar as reivindicações. Uma das estratégias é utilizar o chamado twittaço, com divulgação de hastags como #amapapedesocorro e #sosamapa no Twitter. "Amapá não é só Macapá! Cobrem por todos os outros municípios que estão sem energia", postou o grupo nos perfis nas redes sociais. "Um absurdo ter que pedir pelo básico! Queremos água e luz!", completou.

 


SOS Amapá