VÍDEO: Bombeira viraliza com vídeo ensinando nova forma de salvar vidas em caso de engasgo
O conteúdo se destaca não apenas pela demonstração prática, mas também pela mensagem educativa sobre a rapidez com que se deve agir diante de um engasgo. Saiba o que mudou e como agir
Com apenas dois passos em um simples vídeo com a filha, a capitã do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Carla Andresa, viralizou ao mostrar o que fazer em caso de um engasgo infantil e com isso ajudou milhares de pessoas a como agir e salvar a vida de crianças em caso de engasgamento.
O vídeo, que acumula mais de 30 milhões de visualizações, resume as novas manobras estabelecidas pela American Heart Association (AHA) e mostra o que uma pessoa deve fazer, de imediato, caso uma criança engasgue. O conteúdo se destaca não apenas pela demonstração prática, mas também pela mensagem educativa sobre a rapidez com que se deve agir diante de um engasgo.
Segundo especialistas em primeiros socorros, a atualização da técnica busca tornar o procedimento mais seguro e eficaz, principalmente em crianças e bebês.
O que é a manobra de Heimlich?
A manobra de Heimlich é um procedimento de primeiros socorros utilizado para desobstruir as vias respiratórias quando um alimento ou objeto bloqueia a passagem de ar. Criada na década de 1970 pelo médico norte-americano Henry Heimlich, a técnica é reconhecida mundialmente como uma das ações mais eficazes para evitar a asfixia por engasgo.
Ela consiste em uma sequência de compressões abdominais rápidas, feitas logo abaixo das costelas, com o objetivo de gerar pressão suficiente para expulsar o corpo estranho da traqueia.
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O que mudou na manobra de Heimlich?
Com o avanço de estudos e o aprimoramento dos protocolos de primeiros socorros, a manobra passou por atualizações recentes, pela American Heart Association (AHA), principalmente para bebês e crianças pequenas.
Veja o vídeo
Antes:
A versão tradicional da manobra previa compressões abdominais para qualquer pessoa, o que, em crianças pequenas, poderia representar risco de lesões internas.
Agora:
As novas diretrizes indicam procedimentos diferentes e variados conforme a faixa etária:
- Em bebês (menores de 1 ano): o bebê deve ser colocado de bruços sobre o antebraço, com a cabeça voltada para baixo. Devem ser aplicadas cinco tapinhas firmes nas costas, entre as escápulas. Se o objeto não sair, vira-se o bebê de frente e aplicam-se cinco compressões torácicas com dois dedos no centro do peito.
- Em crianças e adultos: continuam sendo indicadas as compressões abdominais, feitas atrás da vítima, envolvendo o corpo com os braços e pressionando rapidamente para dentro e para cima.
Essas atualizações tornam a técnica mais segura e adaptada a cada idade, reduzindo o risco de complicações e aumentando a eficácia do desengasgo.
O que fazer em caso de engasgo?
Saber agir com rapidez e segurança é essencial. Confira o passo a passo recomendado por especialistas:
- Identifique o engasgo: a pessoa pode levar as mãos ao pescoço, apresentar tosse fraca, dificuldade para respirar, falar ou emitir sons.
- Incentive a tosse: se a vítima ainda consegue tossir ou respirar, incentive que ela continue, sem aplicar compressões de imediato.
Se a tosse for ineficaz:
- Adultos e crianças maiores: aplique a manobra de Heimlich, posicionando-se atrás da vítima, fechando uma das mãos e colocando-a logo acima do umbigo; com a outra, pressione rapidamente para dentro e para cima.
- Bebês: siga o protocolo com tapinhas nas costas e compressões torácicas, alternando as duas etapas até a liberação da via aérea.
Se a pessoa perder a consciência:
- Chame o Samu (192) ou o Corpo de Bombeiros (193) e inicie manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), se souber realizá-las.
- Após o desengasgo: mesmo que a vítima pareça bem, leve-a ao hospital para avaliação, pois fragmentos pequenos podem causar complicações respiratórias.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
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