Tinidazol: para que serve, como tomar e quais os benefícios e riscos
A administração deste fármaco em pacientes grávidas e lactantes deve ser feita com cautela, segundo a ginecologista Débora Queiroz
Tinidazol é um medicamento ginecológico que pode ser encontrado em creme ou comprimido. Conhecido por ser frequentemente indicado no tratamento de infecções, este remédio tem sua dose variada conforme o diagnóstico médico.
VEJA MAIS
Para que serve o Tinidazol? (Benefícios)
O Tinidazol serve para tratar infecções genitais e urinárias em homens e mulheres. Seu uso pode ser em casos de:
- Amebíase intestinal e hepática;
- Infecção causada por Trichomonas;
- Giardíase;
- Profilaxia de infecções após cirurgias de cólon, gastrointestinais e ginecológicas;
- Vaginite causada por Gardnerella vaginalis.
Assista ao vídeo de especialista sobre cremes vaginais
Como usar Tinidazol?
Encontrado em duas versões, o Tinidazol pode ser em comprimido ou creme.
Tinidazol comprimido
- Amebíase extra intestinal: dose única de dois gramas por três dias seguidos.
- Amebíase intestinal: dose única de dois gramas durante dois ou três dias.
- Giardíase: dose única de dois gramas.
- Infecções anaeróbias: primeiro dia com dose única de dois gramas e demais dias com dose única de um grama ou duas doses de 500 miligramas. Tratamento por cinco a seis dias.
- Prevenção de infecções pós-operatórias: dose única de dois gramas 12 horas antes da cirurgia
- Tricomoníase urogenital: dose única de dois gramas. É recomendado que o parceiro sexual faça o tratamento simultaneamente.
- Vaginite inespecífica: dose única de dois gramas por dia, em até dois dias consecutivos.
Tinidazol creme: administrar um aplicador cheio (cinco gramas) no canal vaginal ao deitar durante 14 dias ou duas doses por sete dias.
A médica ginecologista Débora Queiroz recomenda abstinência sexual durante o uso do Tinidazol creme, além de “dar preferência a fazer o tratamento fora do período menstrual e manter a higiene íntima adequada”.
O que tem no Tinidazol?
Esta medicação em comprido é composta por 500 miligramas de Tinidazol. Na versão creme de 80 gramas há 3% de Tinidazol e 2% de Nitrato de Miconazol.
Excipientes: lactose, sacarose, amido de milho, polivinilpirrolidona, talco, estearato de magnésio e ácido cítrico.
Quais os riscos do Tinidazol?
Débora Queiroz, médica ginecologista, fala que o Tinidazol deve ser evitado por pessoas alérgicas ou hipersensíveis à composição do medicamento. “Em mulheres grávidas e lactantes, deve-se avaliar o risco versus o benefício”, afirma. A especialista aponta que o uso não deve ser feito no primeiro trimestre da gravidez e no período neonatal de lactantes.
“Como outros medicamentos de estrutura semelhante, o Tinidazol é contraindicado a pacientes com quadro atual ou antecedente de discrasias sanguíneas. Estes fármacos devem ser evitados em pacientes com distúrbios neurológicos orgânicos”, conclui Débora.
Qual o efeito colateral do Tinidazol?
Entre os efeitos colaterais do Tinidazol, estão distúrbios:
- Gastrointestinais - vômito, diarreia, náusea, dor abdominal, glossite, estomatite e descoloração da língua;
- Gerais e no local da administração do medicamento - pirexia e fadiga;
- Labirinto e ouvido - vertigem;
- Nutrição e metabolistamo - redução do apetite;
- Sistema linfático e sanguíneo - leucopenia;
- Sistema imunológico - hipersensibilidade;
- Sistema nervoso - cefaleia, convulsões, neuropatia periférica, parestesia, hipoestesia, distúrbios sensoriais, tontura e disgeusia;
- Tecido subcutâneo e pele - dermatite alérgica, prurido, angioderma e urticária;
- Urinário e renal - cromatúria;
- Vascular - rubor.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA