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Sete casos de escalpelamento são registrados em quase 11 meses, no Pará

Sespa e Capitania dos portos registraram aumento no números de casos em comparação com 2022

O Liberal

Em pouco mais de 11 meses, foram registrados sete casos de escalpelamento em todo o Pará. A lesão, causada por avulsão parcial ou total do couro cabeludo, é decorrente, principalmente, de contato acidental dos cabelos longos com motor de eixo rotativo de embarcações. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) e da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), este ano apresentou um aumento no número de casos, se comparado com o mesmo período de 2022.

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Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em 2022 foram registrados nas unidades hospitalares seis casos de escalpelamento em todo o Estado. Conforme a secretaria, todos os anos ocorrem ações para prevenção e orientação de comunidades ribeirinhas, que representam a maioria dos casos de vítimas.  

Para isso, a Sespa realiza o resgate, fortalecimento e monitoramento dos Comitês Municipais de Combate ao Escalpelamento, reuniões técnicas com representantes das secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social para a discussão de estratégias e orientação de condutas destinadas à prevenção de acidentes com escalpelamento. Além disso, também realiza palestras nas escolas, nos portos dos municípios, com os gestores da saúde, sociedade civil, além de reunir a população das comunidades pra realizar as palestras de prevenção com distribuição de material informativo.

Segundo o órgão, quando ocorre o acionamento com relação a casos de escalpelamento, é realizado o acolhimento. Inicialmente, a vítima recebe os primeiros socorros no município de ocorrência ou no Hospital Metropolitano para estabilização do quadro. Depois, é encaminhada para a Santa Casa do Pará, em Belém, referência estadual no atendimento a casos de escalpelamento. Durante o tratamento, o Estado disponibiliza às vítimas e sua família o Espaço Acolher, uma casa que garante acolhimento provisório para moradores de fora de Belém ficarem durante os tratamentos necessários na capital.

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Sespa e Capitania dos portos registraram aumento no números de casos em comparação com 2022

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A atuação de instituições do poder público, federal e estadual, e de pessoas como Regina, mostraram-se fundamentais na luta pela conscientização e consequentemente pela redução dos casos ano a ano.

Capitania dos Portos

A Capitania dos Portos também monitora os casos de escalpelamento pelos rios e comunidades mais remotas pelo estado. Atualmente, grande parte das vítimas registradas é oriunda do arquipélago do Marajó, onde grande parte da população se locomove por meio de embarcações de grande e pequeno porte. 

Para combater casos, a capitania realiza ações planejadas com base na disponibilidade dos meios e dados estatísticos dos acidentes. Durante as ações, são instaladas, gratuitamente, coberturas de eixo de motores e é feita a distribuição de panfletos educativos e toucas, bem como palestras de conscientização. 

Neste ano de 2023, a CPAOR realizou mais de 60 palestras de conscientização para cerca de 5 mil ouvintes e também instalou 200 coberturas de eixo. Além disso, a capitania integra a Comissão Estadual de Erradicação dos Acidentes com Escalpelamento (CEEAE), da qual participam vários órgãos públicos e não governamentais. O intuito dessa comissão é definir estratégias para prevenção de novos casos. 

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Casos recentes

O caso mais recente de escalpelamento registrado no estado foi o de uma menina de 7 anos, que ocorreu no último domingo (19), na zona rural de Portel, na ilha do Marajó. Ela perdeu parte do couro cabeludo após o cabelo enroscar no eixo de uma embarcação. A criança foi encaminhada para o Hospital Regional de Tucuruí, onde aguarda transferência para Belém. A criança escorregou e caiu sobre o motor quando estava retirando água acumulada no interior do “casco” de uma ‘rabeta’, que era conduzida pela mãe.

A criança permanecia internada em Tucuruí, local mais próximo do rio Pacajá, onde o acidente aconteceu. Segundo a família, o estado de saúde da menina era estável.

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