Parceria garante ‘fábrica’ de mosquitos antidengue; veja como funciona
O anuncio oficial foi feito pela Fiocruz e o método não causa danos à saúde humana

Afim de controlar a proliferação da dengue no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o World Mosquito Program (WMP) vai produzir em larga escala mosquitos antidengue. O método utilizado consiste na inserção da bactéria Wolbachia nos mosquitos. O microorganismo tem a capacidade de bloquear o vírus da dengue e impedir a transmissão da doença.
Outro fator positivo é que Wolbachia diminui o ciclo de vida do Aedes aegypti, além de ser passada adiante por meio da reprodução dos mosquitos, já que neutraliza a capacidade de transmissão da doença pelas gerações seguintes.
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É importante destacar que a Wolbachia não causa danos à saúde humana. O pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira conta que a biofábrica irá produzir até cinco bilhões de ovos com Wolbachia por ano. “O local de construção ainda está sendo definido em alinhamento com o Ministério da Saúde, mas a previsão é de que possa entrar em operação até o início de 2024”, destacou.
Sobre o programa Antidengue
O programa de controle da dengue através de mosquitos modificados está sendo aplicado em 12 países da Ásia, Oceania e Américas, e agora será implementado nas cidades brasileiras com maiores índices de casos da doença. Embora o resultado da liberação dos mosquitos com a bactéria Wolbachia não seja imediato, essa estratégia é considerada de médio prazo. Espera-se que, nos próximos 10 anos, mais de 70 milhões de pessoas sejam protegidas por esse método.
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