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Mastectomia: saiba tudo sobre uma das formas de tratamento para o câncer de mama

Segundo especialistas, o método é a última alternativa para cura da doença e há métodos que atualmente tornam essa opção ainda mais distante

Laís Santana

Uma das formas de tratamento contra o câncer de mama é a cirurgia de mastectomia, que consiste na retirada do tecido mamário. Entretanto, o método é a última alternativa no combate a doença. 

“Hoje a mastectomia é bem evitada, os médicos fazem de tudo para não retirar a mama toda. Conforme o tamanho do tumor, é feito o tratamento de quimioterapia e radioterapia antes para reduzir esse nódulo, sem que seja necessário tirar a mama toda, a cirurgia é feita em quadrantes, retirando só parte da mama”, explica Nazaré Falcão, enfermeira do Ambulatório da Mulher da Santa Casa do Pará (FSCMP). 

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Dependendo da gravidade da doença e comprometimento do tecido mamário, o procedimento pode ser classificado como parcial, total ou radical.

A mastectomia parcial também é conhecida como quadrantectomia, procedimento cirúrgico que remove apenas a região da mama onde está localizado o nódulo do tumor junto com parte do tecido mamário.  

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No caso da mastectomia total o procedimento cirúrgico remove todo tecido mamário afetado pela doença, incluindo a remoção de aréola e mamilo. Essa modalidade é mais indicada em caso de tumor pequeno, descoberto precocemente e bem localizado, sem o risco de ter se espalhado por regiões ao redor.

Já na mastectomia radical, além da retirada total da mama, são removidos os músculos que se localizam debaixo da glândula mamária e os gânglios da região da axila, indicada para os casos de câncer com risco de disseminação. 

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Existe também a mastectomia preventiva feita para reduzir o risco de desenvolvimento do câncer. O procedimento é indicado somente para mulheres com o risco muito elevado da doença, como aquelas que têm histórico familiar importante ou que têm alterações genéticas que podem causar o câncer.

“De modo geral, a mastectomia é realizada quando o tumor é muito grande e não foi possível reduzir com tratamento e é necessário tirar ou então naquele caso que já vem uma condição que não há outra possibilidade, é mais para ajudar a reduzir os sintomas da mulher, como dor e odor”, ressalta Nazaré Falcão. 

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O procedimento cirúrgico é indicado quando há elevado risco de desenvolvimento do câncer de mama; para complementar o tratamento com radioterapia e quimioterapia; e caso a mulher apresentar carcinoma in situ, ou localizado, descoberto precocemente para evitar a progressão da doença. 

Tendo feito a retirada das mamas, a mulher pode optar por realizar a reconstrução mamária para recuperar o formato natural dos seios. A intervenção cirúrgica pode ser feita logo após a mastectomia ou por etapas. Em casos de câncer, pode ser necessário esperar meses ou até anos para total cicatrização do tecido. 

“A mastectomia, principalmente para a mulher,  é muito complicada, tem mulheres que precisam de tratamento psicológico durante algum tempo, fora outros acompanhamentos, por isso que hoje é muito evitado. O que a gente busca é o diagnóstico precoce, reduzindo assim a mortalidade. Quanto mais cedo a mulher descobre um tumor mais cedo ela pode buscar ajuda”, acrescenta a especialista. 

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