Fevereiro Laranja: saiba quais são os sinais e sintomas de leucemia

De acordo com a Sespa, em 2023, foram registrados 281 casos da doença no Pará

O Liberal
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No ano passado, foram registrados 281 casos de leucemia no Pará, câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue e produz células doentes na medula óssea, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pára (Sespa). Entre os principais sinais e sintomas, estão fadiga persistente, infecções, febre recorrente e sem causa aparente, hematomas ou sangramentos nas gengivas e nariz. O onco-hematologista do hospital Ophir Loyola, Thiago Xavier, destaca que a doença pode apresentar-se na forma aguda, e comum em todas as idades, ou crônica, mais frequente em adultos.

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O especialista destaca que a busca por orientação médica e a realização de exames de sangue periódicos auxiliam no diagnóstico adequado e precoce da doença. As leucemias, sejam agudas ou crônicas, não têm causas determinadas, podendo acometer qualquer indivíduo. Mas a ciência aponta alguns fatores de risco, como o tabagismo, exposição à radiação e agentes químicos presentes em agrotóxicos e derivados do benzeno. 

O tratamento pode ser variável, dependendo do tipo de leucemia. Algumas são tratadas apenas com comprimidos e tem um excelente prognóstico. Já outras, necessitam de internação hospitalar, quimioterapia e, em alguns casos, o transplante de medula óssea.

Natural do município de Quatipuru, no nordeste do estado, Kleison Lima, de 37 anos, foi diagnosticado com leucemia há dois meses. Internado no Hospital Ophir Loyola (HOL), instituição referência no tratamento oncológico em adultos, ele afirma que não atentou para algumas manifestações clínicas e que descobriu a doença por acaso, ao buscar ajuda médica para tratar dores do dente do siso.

“Comecei a sentir dores fortes no dente, depois veio o inchaço e decidi ir ao médico. Ele viu meu hemograma (exame que avalia as células sanguíneas) e solicitou outros. Fui encaminhado para um hospital em Capanema e depois fui transferido para Belém”, relembrou Kleison.

O vigilante conta que, antes de ser atendido e diagnosticado por um especialista, não imaginava que os sangramentos que tinha na cavidade oral pudessem ser um sinal da doença. 

“Eu nunca senti fraqueza ou tontura. Lembro que cheguei a ficar pálido, tive uns sangramentos na gengiva e só fui saber que era da doença aqui no hospital. Eu já tinha ouvido falar sobre leucemia, mas só entendi como ela funciona aqui (no HOL). A equipe é atenciosa e o atendimento tem sido ótimo. Já fiz quatro sessões de quimioterapia e estou internado por conta do tratamento. Hoje eu até digo: bendito siso, que me fez descobrir a doença bem no começo. Com a ajuda de Deus, da minha família e do hospital, vou vencer sim. Estou disposto, firme e forte para vencer”, finalizou Kleison.

O onco-hematologista Thiago Xavier explica que pacientes com leucemia costumam apresentar sangramentos espontâneos, como o relatado por Kleison, e hematomas frequentes pelo corpo. Mas pondera que os sintomas geralmente são ignorados por desconhecimento sobre a doença. É nesse contexto que o especialista ressalta a importância da campanha Fevereiro Laranja - mês de combate à leucemia.

“Imagine que uma pessoa comece a ficar fraca, apresenta algum sangramento ou infecção. Se rapidamente são feitos os exames necessários e o médico consegue reconhecer que se trata de leucemia, mais rapidamente a pessoa pode ser encaminhada para o serviço adequado. A campanha Fevereiro Laranja está aqui para mostrar a todos que a leucemia existe, que é detectada por exames de sangue e que é tratável, controlável e curável”, explicou Xavier.

O hemograma é o primeiro passo para iniciar a investigação. Quando notadas alterações que possam sugerir a doença, o especialista pode solicitar outros exames laboratoriais a fim de contribuir para o diagnóstico assertivo.

“É difícil prevenir a leucemia. Ela pode acontecer com qualquer um de nós, mas a partir do momento em que os sintomas surgem e que o primeiro exame de sangue indica leucemia, precisamos agir rapidamente. O Ophir Loyola é referência no tratamento e é um dos principais do País. Ao chegar nesse hospital, o paciente vai receber um tratamento multidisciplinar, com cuidados de uma equipe especializada e, caso precise, pode ser conduzido para o transplante de medula óssea. Esse tipo de cuidado faz a diferença”, afirmou Xavier.

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