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Estudo indica que pessoas sem dormir interagem menos e têm impressões negativas sobre o outro

A pesquisa publicada na revista Nature and Science of Sleep contou com a participação de 45 jovens, entre homens e mulheres; indivíduos privados de sono costumam interagir menos socialmente

Gabriel Mansur

Um estudo publicado na revista Nature and Science of Sleep (Natureza e Ciência do Sono) apontou que a privação do sono pode mudar a forma como percebemos o outro. A pesquisa foi realizada na Universidade de Uppsala, na Suécia, e contou com a participação de 45 jovens, entre homens e mulheres. As informações são do portal “O povo”. 

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Os participantes da pesquisa foram submetidos a testes por meio de um software de rastreamento ocular que detectava o movimento dos olhos durante interações sociais. Foram duas etapas de estudo, uma em que os jovens tiveram uma noite de sono de oito horas, e outra etapa em que foram privados de dormir uma noite. 

Nas duas etapas, os movimentos oculares dos indivíduos foram observados no dia seguinte à noite em que dormiram oito horas ou foram privados do sono.

O que a pesquisa identificou sobre aqueles que tiveram o sono privado?

Ao analisar os dados da pesquisa, os cientistas perceberam que os indivíduos que tiveram o sono privado passavam menos tempo fixando o olhar em rostos. Lieve van Egmond, estudante de doutorado no Departamento de Ciências Cirúrgicas na Universidade de Uppsala, explica o significado dessa conclusão:

“Como as expressões faciais são cruciais para entender o estado emocional dos outros, gastar menos tempo se fixando em rostos após uma perda aguda de sono pode aumentar o risco de você interpretar o estado emocional de outras pessoas imprecisamente ou tarde demais”, afirmou Lieve.

Jovens privados de sono têm impressões negativas dos outros

Além disso, foi identificado que as pessoas que tiveram o sono privado tinham impressões negativas das pessoas, o que as levou a interagir menos socialmente. 

“A descoberta de que indivíduos privados de sono em nosso experimento classificaram rostos zangados como menos confiáveis e de aparência saudável, e rostos neutros e com medo como menos atraentes indica que a perda de sono está associada a impressões sociais mais negativas dos outros. Isso pode resultar em menos motivação para interagir socialmente”, explicou Christian Benedict. 

O doutorando, entretanto, afirma que o estudo não pode afirmar que essas conclusões funcionam para as outras faixas etárias, e nem mesmo que os resultados seriam os mesmos nas pessoas que sofrem de perda crônica de sono.

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

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