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Covid-19: 28 milhões de vacinas podem vencer; valor do prejuízo será $ 1,23 bilhões

Nesta quarta-feira (15), o Ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, determinou que o Ministério da Saúde adote ações para evitar o prejuízo

Rayanne Bulhões

O Tribunal de Contas da União (TCU) notificou o Ministério da Saúde para que adote ações para evitar um prejuízo pela perda iminente de 28 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. As vacinas estão com data de vencimento nos próximos dois meses e meio. Se não houver uma rápida mobilização o prejuízo será de quase R$ 1,23 bilhão. As informações são do Metrópoles.

Segundo a Secretaria de Controle Externo da Saúde, do TCU, outros imunizantes para a Covid também vencerão nos meses seguintes. A determinação veio por meio do ministro Vital do Rêgo. Para Vital, esta seria uma situação muito grave. Em despacho publicado hoje, ele comentou. “Num país em desenvolvimento como é o Brasil, em que foram perdidas mais de 668.000 vidas para a Covid-19 até hoje, num momento em que estamos enfrentando uma nova onda de contaminação por esse vírus que vem assolando todo o território nacional indistintamente, termos notícia de que estamos prestes a perder mais de 28 milhões de doses de vacina nos próximos dois meses e meio, num prejuízo de quase R$ 1,23 bilhão, é no mínimo estarrecedor”. O texto não foi comentado pelo Ministério da Saúde.

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Ainda segundo o Metrópoles, o governo federal tem nos estoques 85,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid para adultos e outras 4,3 milhões de doses pediátricas. Das que estão com vencimento próximo, pouco mais de 26 milhões são do laboratório AstraZeneca e 1,9 milhão são da Pfizer. Os imunizantes custaram aos cofres públicos, respectivamente, R$ 41,83 e R$ 66,89 por dose, totalizando R$ 1,23 bilhão. O documento também indica que o número de doses que podem se perder pode ser ainda maior.

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Rêgo reforçou que os gestores das vacinas contra a Covid no Ministério da Saúde justificaram a demora no repasse das doses culpando estados e municípios, “tendo em vista que a população tem apresentado rejeição à vacinação com essa marca”, referindo-se à Oxford/AstraZeneca.

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Os estados foram surpreendidos com a informação, durante reunião do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), de que tinha tamanha quantidade de doses em estoque. Os representantes estaduais reclamaram, afirmando que há muita gente ainda não só precisando, mas querendo tomar suas doses de vacinas.

Em seu despacho, Vital do Rêgo também mencionou que “a rede privada de saúde deverá começar a aplicar a vacina da AstraZeneca, cuja importação dos EUA ultrapassou um milhão de doses, pela qual deverão ser cobrados de R$ 250 a R$ 350 por dose pelas clínicas privadas” e considerou “inusitada situação de se ter, por um lado, um elevado estoque público de vacinas que podem ser perdidas e, por outro, novas aquisições no mercado internacional da mesma vacina pelo setor privado de saúde”.

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