Como será a cirurgia de Bolsonaro para tratar hérnia inguinal bilateral? Entenda o procedimento

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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi autorizado, na terça-feira (23), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a realizar uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral, para evitar futuras complicações de saúde do político.

O procedimento foi marcado para esta quinta-feira (25), no Natal, após avaliação e confirmação médica e perícia da Polícia Federal sobre a necessidade da intervenção. Mas como será a cirurgia do ex-presidente para esse tipo de hérnia? Saiba mais abaixo

O que é hérnia inguinal bilateral e por que a cirurgia é necessária?

A hérnia inguinal surge quando parte do intestino ou de outro tecido interno se desloca por uma abertura ou área fragilizada da musculatura abdominal.

Em muitos casos, o problema provoca dor, desconforto e uma saliência visível, principalmente durante esforços físicos, tosse ou longos períodos em pé. Quando é bilateral, como no caso de Bolsonaro, a condição atinge as duas regiões inguinais.

Principais sintomas

• Protuberância ou “caroço” dos dois lados
• Dor ou desconforto, especialmente ao fazer esforço, tossir ou ficar em pé
• Sensação de peso na região afetada

A cirurgia tem como principal objetivo recolocar o conteúdo abdominal na posição correta e reforçar a musculatura, reduzindo o risco de agravamento do quadro. Sem tratamento, a hérnia pode evoluir e causar complicações mais sérias, como o encarceramento do intestino.

Como é o procedimento cirúrgico?

Existem duas técnicas principais para corrigir uma hérnia inguinal:

• Cirurgia aberta tradicional: O cirurgião faz uma incisão local na virilha, recoloca o conteúdo abdominal no lugar e reforça a parede muscular com uma tela sintética de polipropileno.
• Cirurgia laparoscópica (minimamente invasiva): Realizada com pequenas incisões e instrumentos guiados por vídeo, essa técnica permite tratar ambos os lados em um único procedimento e costuma ter recuperação mais rápida, com menos dor pós-operatória.

O procedimento costuma ser realizado sob anestesia geral e, na maioria dos casos, apresenta recuperação rápida, com liberação gradual para atividades leves nos dias seguintes, **respeitando as orientações médicas.** Esforços físicos intensos, no entanto, devem ser evitados durante o período inicial de recuperação.

No caso de Jair Bolsonaro, devido ao seu histórico de múltiplas cirurgias abdominais nos últimos anos, a escolha entre as técnicas será feita pela equipe médica com base na avaliação pré-operatória.

Medidas de segurança e monitoramento constante

Segundo determinação de Alexandre de Moraes, o ex-presidente ficará em uma área do hospital isolada dos demais pacientes. Além disso, Moraes também determinou que a Polícia Federal deve providenciar "completa vigilância e segurança do custodiado" durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão.

Além de fiscalização 24 horas por dia, mantendo, no mínimo, dois policiais federais na porta do quarto do hospital, está proibida a entrada de computadores e telefones celulares no quarto onde ficará Bolsonaro.

A previsão é que Bolsonaro permaneça internado para acompanhamento após o procedimento por cerca de cinco a sete dias, conforme avaliação e determinação médica.

(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)