Alzheimer: medicamento experimental tem resultado histórico e consegue atrasar declínio cognitivo

Nos resultados, a substância se mostrou capaz de desacelerar a destruição do cérebro, no entanto, trouxe efeitos de risco aos pacientes; entenda

Paula Figueiredo
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Uma pesquisa publicada na revista científica New England Journal of Medicine, na última terça-feira (29), apresentou uma apuração importante sobre a atuação do Lecanemab, medicamento experimental contra a doença de Alzheimer. Nos resultados, a substância se mostrou capaz de desacelerar a destruição do cérebro, no entanto, trouxe efeitos de risco aos pacientes

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A expectativa é que seja feito um diagnóstico precoce e facilitando o tratamento de várias doenças

Segundo informações da BBC, o estudo foi feito com 1.795 voluntários em estágio inicial, com a infusão da substância administrada quinzenalmente. Os resultados não apresentaram uma cura, pois a doença continuou acometendo as funções cerebrais, mas esse declínio foi retardado em um quarto ao longo de 18 meses de tratamento

Apesar disso, em exames de imagens, cerca de 17% dos pacientes apresentaram ocorrência de hemorragia cerebral e 13% de inchaço cerebral. Outros 7% de voluntários precisaram deixar o teste em decorrência dos efeitos colaterais. Ainda sim, a conclusão é considerada histórica pois, por muito tempo, a taxa de falha nos resultados foi de 100%

Atualmente, pessoas com Alzheimer recebem medicamentos para controlar seus sintomas, mas nenhum tem a capacidade de mudar o curso da doença. 

Como funciona o Lecanemab?

O medicamento tem funcionalidade no estágio inicial da doença, atacando a beta-amiloide, uma "gosma" que se acumula no cérebro do acometido pelo Alzheimer. Por funionar no estágio inicial, os resultados são limitados, uma vez que uma pessoa com a condição só consegue um diagnóstico certo após a aparição de sinais, que acontece, muitas vezes, em estágios mais avançados

Além disso, um percentual muito pequeno de pessoas realiza exames precoces para detectar o Alzheimer. "Há um enorme abismo entre o atendimento prestado hoje e o que precisamos fazer para oferecer tratamentos que alteram o curso da doença", disse a médica Elizabeth Coulthard.

Os dados estão sendo avaliados por órgãos reguladores dos Estados Unidos, que decidirão se a droga pode ser usada para uso mais amplo. Caso a avaliação seja positiva, as empresas farmacêuticas Eisai e Biogen, que desenvolveram o medicamento, planejam solicitar a aprovação em outros países.

(Estagiária Paula Figueiredo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web em Oliberal.com)

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