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Rainha das Rainhas: conheça mais sobre o reinado de sucesso

Competição ultrapassa gerações e se consolida como histórica no Brasil

Michel Ribera - Especial para O Liberal

Tradição. Essa é a palavra que melhor define o mais importante concurso de beleza e fantasia do Brasil. E não à toa que nesses 75 anos, o Rainha das Rainhas virou sinônimo de carnaval no Brasil. Mas antes mesmo de ser essa festa grandiosa, que desperta paixão e os olhares de milhares de pessoas, seja presencial ou virtualmente, o Rainhas começou pequeno, lá no ano de 1947 e teve um caráter político.

O clima era de ânimos exaltados entre o então governador do Pará, Zacharias de Assumpção e os proprietários do jornal Folha do Norte. A ideia de criar um momento de trégua no clima acirrado que havia se instalado, partiu dos jornalistas Ossian Brito e Isaac Soares. Eles, então, convidaram os clubes da capital para uma competição única de fantasias – antes cada um fazia o seu concurso isoladamente - e, com isso, promover um momento de descontração e, quem sabe, selar a paz entre as partes. Funcionou.

A primeira edição do Rainha das Rainhas contou com apenas quatro agremiações e aconteceu no Clube dos Aliados. As candidatas, eram jovens que faziam parte de famílias tradicionais, que usavam fantasias comportadas, muitas vezes confeccionadas pelas mães das moças.

No primeiro certame, Odete Chaves Braga, que representava a associação que sediou a competição, se consagrou como a soberana da Folia de Momo daquele ano, com a fantasia “Laveski”.

Com o passar do tempo, outros clubes ingressaram na competição. Dezenove anos depois da primeira edição, o jornalista Romulo Maiorana passa a comandar a competição, ao comprar a Folha do Norte e incorporá-la ao Grupo Liberal.

A popularização veio com o início das transmissões pela televisão aberta. A primeira delas foi realizada em 1976, com a inauguração da TV Liberal. “Depois de dois anos de pandemia, a gente viu o quanto é necessária a celebração da cultura, a celebração do carnaval”, destacou Rosângela Maiorana, vice-presidente do Grupo Liberal. Para ela, o paraense estava saudosista da festa e, voltar na edição de número 75 é icônico. “É um conjunto que deixa a gente, enquanto produtor, realizado”, complementa.

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