História e imaginário foram destaques no Rainha das Rainhas 2019
Criações ressaltaram o poder feminino ao longo dos séculos
As fantasias apresentadas ao público e aos jurados da 73ª edição do concurso Rainha das Rainhas do Carnaval tiveram como temas predominantes a história antiga e as entidades que povoam o imaginário humano. Deusas, guerreiras, alquimistas, sedutoras ou mesmo a mais simples e anônima das mulheres, o que se viu no palco foi o desfile de um luxuoso panteão feminino em uma bela e justa homenagem ao poder, graça e força da mulher.

As forças e o encanto da natureza estiveram presentes nas fantasias usadas pelas candidatas da AABB, Ellem Rafaela Corrêa, com sua "Nymphaea Caerulea: adoração ao lótus azul"; do Clube do Remo, Ponnyk Melo Torres, que desfilou o tema "Orôro Monroe, a poderosa Tempestade", e do Grêmio Literário Português, Raiane Quaresma, com o seu "Tributo ao Caño Cristales", o rio de cinco cores considerado o mais bonito do mundo, localizado na Colômbia.
A ode ao engenho e à habilidade feminina deu o tom da criação de "Mirian, a Alquimista", fantasia apresentada por Thais Mangabeira, candidata do Paysandu, que representou a descoberta e o pioneirismo do ofício de trabalhar um dos metais mais cobiçados do mundo: o ouro. Já a complexidade do universo interior foi o tema escolhido pelo estilista que assinou a fantasia "Psique a metamorfose da alma humana', usada por Roberta Oriana, do Casota.

A história mais recente do País foi a fonte utilizada para a criação de uma das fantasias que conquistaram o público do RR 2019. "Sena – O sonho da vitória continua" homenageou a trajetória do piloto brasileiro Aírton Sena e arrancou aplausos da platéia com um efeito que permitia que a fantasia inicial se transformasse em um carro, e a coroa da candidata Milena de Jesus em um capacete, colocando a ASTCEMP entre as mais cotadas para o prêmio da noite.
E revisitando uma página da história nacional, outra homenagem, desta vez à Maria Bonita, companheira do cangaceiro Virgulino Ferreira (o "Lampião"), representada na fantasia "Maria do Brasil", exibida por Jéssica Ferreira, da ASALP. Outra Maria também lembrada foi aquela que está presente em cada mulher brasileira que batalha diariamente por seus direitos, seja ela conhecida ou anônima, "Simplesmente Maria", destacada na performance de Mariely Soares, do Clube de Engenharia.
De acordo com Ana Unger, integrante da coordenadoria do concurso, a turma de candidatas dessa edição se destacou pela disciplina e respeito. "Sempre disciplinas, atentas as orientações e muito carinhosas. Elas se dedicaram do início ao fim do concurso e eu fico muito honrada e feliz com isso. A disciplina é o diferencial para qualquer candidata", pontuou.
Ana Unger afirmou ainda que as candidatas passaram muita segurança no palco. "A segurança é fundamental para que a candidata mostre aos jurados que está confiante e que sabe o que está fazendo. O complemento é a simpatia, que todas tinham."