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Efeitos da pandemia reforçam importância de cuidado com a saúde mental

A psicologia contribui para o tratamento e promoção da saúde emocional em situações de abalo e sofrimento, como a pandemia de covid-19

Fabrício Queiroz

A pandemia de covid-19 trouxe impactos para todas as esferas da vida da população mundial, entre elas a saúde mental. Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) reuniu dados de pesquisas em todos os países do continente e revelou que 61,3% dos brasileiros tiverem sintomas de depressão, 44,2% de ansiedade e 50,8% de estresse.

De acordo com o psicólogo e doutor em Ciências Sociais, José Guilherme Wady Santos, essa realidade se revela frequentemente nos consultórios. Alguns dos principais relatos nas sessões de terapia envolvem crises de ansiedade, associadas ou não a ataques de pânico, e mesmo depressão. “Podemos pensar que atualmente vivemos um forte reflexo da pandemia em termos de crise na saúde mental, e por isso, mais do que nunca, devemos estar atentos a esse aspecto, que jamais deve ser negligenciado”, alerta.

Ele acrescenta que todos os indivíduos convivem com algum nível tolerável de ansiedade, no entanto, as condições específicas dessa pandemia fizeram o sofrimento psicológico ficar mais evidente. “Muitos de nós passamos a sentir um grau de ansiedade nunca antes experimentado, dado o cenário de urgência sanitária, agravado por outros tipos de crise a ele associados, como a econômica que produziu um alto índice de desemprego e outros tipos de vulnerabilidade e insegurança, como por exemplo, o aumento da violência doméstica”, explica Wady.

Em um cenário como esse, a área da Psicologia ganha ainda mais importância pois possibilita observar todos os fatores necessários ao bem-estar das pessoas. Nesse sentido, o acompanhamento psicológico auxilia os pacientes no autoconhecimento, a lidar de maneira mais funcional com o sofrimento, a perceber suas redes de apoio, a desenvolver estratégias para superar a culpabilização, entre outros aspectos.

Apesar da relevância da Psicologia para a saúde integral dos indivíduos, José Wady, que também é coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário Fibra, afirma que ainda é necessário romper com o estigma sobre o sofrimento mental e compreender o aspecto preventivo da área, que contribui para que os sintomas psicológicos não afetem outras esferas da vida.

“Isso também cria uma demanda importante não apenas por melhoramento dos equipamentos de saúde pública já existentes, mas também pela ampliação da rede de atenção em saúde mental, o que também implica o crescimento da demanda por formação profissional na área”, destaca o professor Wady.

Para isso, o docente aponta a necessidade da ciência e da postura ético-política orientar a formação e a sensibilidade dos psicólogos. “É isso que temos perseguido desde esse primeiro momento, quando investimos não apenas numa estrutura física compatível com as necessidades, mas também quando pensamos em uma matriz curricular que se projeta a formação do futuro profissional para um cenário cheio de desafios e possibilidades”, enfatiza.

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