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Violência nas escolas: em reunião com Lula, Helder cita risco de evasão e pede apoio das famílias

Evento contou com a presença do presidente Lula, da presidente do STF Rosa Weber, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de ministros e gestores estaduais e municipais

O Liberal
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O governador do Pará Helder Barbalho participou, na manhã desta terça-feira (18), de uma reunião realizada no Palácio do Planalto com o objetivo de discutir ações para frear a violência nas escolas do Brasil. "O que nós estamos vivendo no Brasil, não diferente do que ocorre em outros países, é a crise em que a sociedade vive uma doença mental. A crise de comportamento atrelado à crise social. A crise de valores que resulta, certamente, neste momento tão difícil para todos nós brasileiros", disse Helder durante o encontro, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de ministros e gestores estaduais e municipais. 

"Quantas e quantas vezes nós participamos de eventos da educação e se dizia que uma das funções da escola era permitir que as famílias pudessem deixar os seus filhos em um local seguro. Essa era uma das pautas. Além da formação pedagógica, a escola era um instrumento a permitir que as famílias, principalmente as de baixa renda, pudessem deixar o seu filho em um ambiente adequado", declarou o governador o Pará, que foi o último representante das unidades da Federação a se pronunciar. "Hoje, as escolas viraram um ambiente em que se discute, além da pedagogia, a questão da segurança", continuou Helder. 

Para o governador do Pará, essa situação de violência pode agravar o problema da evasão escolar. "A sociedade espera que sejamos capazes, primeiro, de conter o medo que gerou uma histeria coletiva que vai impulsionar a evasão escolar, nas escolas municipais e estaduais, nas públicas e na privada".

Ele relatou também conversas que teve com dois dos três filhos, que estudam no Colégio Militar de Belém. Segundo o governador, um aluno está há 15 das proibido de entrar na unidade porque teria ameaçado outro colega. Helder observou que esse estudante afastado estaria sofrendo bullying, conforme relato que ouviu de um dos seus filhos. Por isso, ao longo de seu discurso, o governador defendeu ações que vão além do aumento do efetivo de segurança. 

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"Que todos nós possamos nos mobilizar para que o mais rápído possível possamos fazer com que o mundo real seja o padrão do mundo virtual", declarou o governador, citando em seguidas ações adotadas no Pará, inclusive o emprego de 1.200 policiais fazendo cobertura de 90% da rede estadual, além da um aplicativo que disponibilizará um botão de alerta a todas as escolas. Ele defendeu ainda o avanço no monitoramento na internet e sugeriu que sejam apresentadas formas de financiamento para que estados e municípios possam garantir a presença ostensiva de agentes de vigilância que "possam dar ao ambiente escolar um ambiente melhor. Que possamos ter ambientes de tecnologia para instrumentalizar as ações que amenizem o que estamos vivendo nas escolas", disse.

Para o governador, as ações de segurança não são as únicas medidas necessárias neste momento. Ele defendeu também um “chamamento às famílias do Brasil”.

"As famílias do Brasil precisam compreender que filho é responsabilidade do pai, responsabilidade da mãe. Não quero fazer julgamento de quais circunstâncias que levam um pai ou uma mãe não poder dar atenção ao filho, porque cada um sabe o dilema da sua vida e condição social. Mas não podemos desistir da instituição família. Precisamos fazer com que as famílias sejam o ponto de convergência atrelado à comunidade escolar para que a partir daí a família converse com o professor, o professor converse com o pai e a mãe, para que o psicólogo e o assistente social sejam as ferramentas de ressocialização, de construção de um ambiente de pacificação dentro das escolas a partir de um cuidado com as nossas crianças", concluiu o governador.

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