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Vereadores divergem sobre flexibilização de medidas de restrição

Cidades brasileiras caminham para fim da obrigatoriedade das máscaras e festas, bares e estádios com 100% da capacidade. Legislativo municipal acredita que é melhor ter cautela

Eduardo Laviano

O avanço da vacinação contra covid-19 no Brasil tem feito com que diversas capitais flexibilizem as restrições de combate a pandemia, com destaque para o retorno de bares, restaurantes e festas e também da presença do público nos estádios de futebol. O presidente da Câmara Municipal de Belém, Zeca Pirão (MDB), acredita que este é o caminho natural para Belém. 

"Sou a favor. Desde que se cobre a vacinação, que é o passaporte para os eventos. Acho que tem que abrir todas as casas, festas, shows, estádios com capacidade de 100%. Se comprovar que se vacinou antes de entrar não vejo problema nenhum. Eu acho que tem que começar a gerar emprego e renda para a população. Sobre o uso de máscaras acho que temos que aguentar até dezembro. Acho que a máscara é essencial, pois é uma doença desgraçada que a gente tem que ter cuidado", afirmou.

Lívia Duarte (Psol) também acredita que não é hora de largar as máscaras, como fizeram as prefeituras de algumas capitais brasileiras para ambientes ao ar livre. Ela lembra que a flexibilização é importante para reverter o quadro de 19 milhões de brasileiros que passam fome atualmente, o que ela classificou como "lamentável".

"Estatisticamente a grande onda passou e a gente espera que não volte. Mas sou super cautelosa. Temos que ir flexibilizando considerando que estamos há 11 dias sem morte por covid, que a vacina está avançando. Acho que seria super interessante a cobrança da carteira de vacinação em alguns espaços menorzinhos, apertadinhos. Seria importante não descuidar dos cuidados sanitários para não termos retorno do pesadelo que foi o pico de covid-19 na nossa cidade", diz a vereadora.

Emerson Sampaio (PP) optou por se classificar como um leigo no assunto, mas acha que é muito cedo para tudo voltar ao normal. Ele lembra que todos os aparelhos públicos construídos ao longo da pandemia para atender pacientes foram desmontados e que uma terceira onda pegaria todos desprevenidos.

"Não sou da área sanitária nem sou médico mas acho muito cedo para retomar tudo, voltar as festas, estádio, para a retirada das máscaras. O exemplo disso é o prefeito de Belém que tomou duas doses da vacina e foi contaminado, passou dias na UTI. Ficou mal. O vírus ainda não acabou. Acho que tem que ter cautela", afirmou.

Já o vereador Tulio Neves (Pros) se disse feliz com a retomada gradual das atividades econômicas, mas acredita que esse processo só reforça a importância da vacinação. Ele também é contra o fim do uso de máscaras. 

"Estamos torcendo para dar tudo certo. Aos poucos a gente vai caminhando mas as pessoas precisam se vacinar. Muitas pessoas não tomaram a segunda dose. A vacina salva", afirma.

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