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Em Belém, Vera Lúcia promete ‘estatizar o agronegócio’

Presidenciável defendeu candidatura própria do PSTU em oposição aos projetos de Lula e Bolsonaro

Fabrício Queiroz

A candidata do PSTU à Presidência da República Vera Lúcia realizou campanha eleitoral nesta quinta-feira (29), em Belém. Durante a agenda, a presidenciável fez panfletagem com operários da construção civil e com eleitores na avenida Presidente Vargas. No início da tarde, ela almoçou com correligionários no Mercado do Ver-o-Peso e falou à reportagem de O Liberal sobre algumas de suas propostas, caso seja eleita.

Para Vera Lúcia, o desempenho econômico e a grande produção do agronegócio é favorável apenas aos grandes empresários, em detrimento da maior parte da população, por isso defende estatizar todo o setor. “Ao mesmo tempo que nós solucionaremos o problema da fome de forma permanente, a gente consegue com isso devolver as terras dos indígenas e titular as terras quilombolas. Ao mesmo tempo, garantir que esses que já trabalham na terra, que trabalham na indústria de alimentos e nos setores de distribuição planejem, junto com a população, desde o plantio, o cultivo até a distribuição de acordo com as necessidades, diferente de hoje que a produção de alimentos é para alimentar milhões lá fora, enquanto aqui nós temos mais da metade da população que passa fome”, declarou.

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Vera Lúcia é candidata pela segunda vez à Presidência, tendo desta vez a professora e indígena Raquel Tremembé como vice em sua chapa. Em seu plano de governo, a presidenciável propõe uma gestão voltada aos interesses dos trabalhadores, especialmente pessoas negras e indígenas que, em sua visão, nunca tiveram suas demandas atendidas porque os governos “estão à serviço exclusivo da burguesia nacional e internacional”.

Como alternativa a esse cenário, Vera Lúcia promete dobrar o salário mínimo e não pagar a dívida pública. “Quase metade do orçamento vai para cinco bancos. Pegar esse montante de recursos, que é da sociedade, e devolver para os desempregados para que eles possam se sustentar até voltar ao trabalho. Junto com isso vamos reduzir a jornada de trabalho para 30 horas semanais”, detalhou a candidata que pretende também realizar um plano de obras públicas, enfrentar o problema do déficit habitacional, dos baixos índices de saneamento básico e ampliar a construção de creches, escolas e hospitais.

A agenda da candidata do PSTU na capital paraense segue durante a noite desta quinta-feira, às 18h, quando ela participa do encontro denominado Quinta Socialista, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, no bairro de São Brás. Ainda durante a noite ela deve comentar o debate presidencial da Rede Globo nas redes sociais e na manhã de sexta viaja para São Paulo, onde terá compromissos de campanha até o sábado (1º).

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