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Transparência Internacional reage à investigação autorizada pelo STF: 'Não seremos intimidados'

ONG nega tenha recebido dinheiro para criar uma fundação privada

O Liberal

A Transparência Internacional, sediada em Berlim, emitiu nesta terça-feira (6) uma segunda nota em resposta à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de abrir uma investigação contra a organização. Desta vez, a carta foi assinada pelo presidente da entidade, François Valérian.

Valérian afirmou na nota que a ONG não se sente intimidada pela investigação que apura suposto recebimento indevido de recursos públicos. “Não seremos intimidados e o nosso compromisso de nos manifestarmos contra a corrupção permanece firme”, disse.

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O presidente da ONG negou as alegações de que a Transparência Internacional tenha recebido dinheiro para criar uma fundação privada, destinada a receber recursos derivados do pagamento de multas.

Toffoli autorizou a investigação contra a Transparência Internacional na segunda-feira (5). Ele questionou a criação de uma fundação privada para administrar recursos provenientes de multas pagas às autoridades brasileiras.

Em dezembro de 2023, Toffoli suspendeu provisoriamente o pagamento de uma multa de R$ 10,3 bilhões referente a um acordo de leniência firmado pela J&F com o Ministério Público em 2017, estendendo o benefício à Novonor, antiga Odebrecht.

Transparência Internacional alega que a J&F praticou "assédio judicial"

A decisão do ministro foi alvo de críticas da Transparência Internacional, que alegou que a J&F praticou "assédio judicial" no recurso analisado por Toffoli.

Além disso, o governo do presidente Lula também criticou a Transparência Internacional. A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que a organização tem uma "longa trajetória de desinformação" e que seu relatório sobre o governo Lula "ultrapassou os limites".

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, compartilhou uma publicação do ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, questionando a metodologia do ranking do Índice de Percepção da Corrupção (IPC).

O IPC avalia a percepção de especialistas e empresários sobre a integridade do setor público em 180 países. Quanto maior a nota, melhor é a percepção de integridade. No entanto, críticos apontam a necessidade de uma avaliação rigorosa sobre os resultados das investigações de corrupção em cada país para conferir credibilidade ao levantamento.

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