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Taxa de desocupação no Pará aumenta 13,3%

Já o rendimento médio habitual de todos os trabalhos caiu 10%, no valor de R$1.785

Eduardo Laviano

No Pará, houve aumento de 13,3% na taxa de desocupação no Pará neste segundo trimestre de 2021 em relação ao mesmo período no ano passado, que registrou percentual de 9,1%.

Já o rendimento médio habitual de todos os trabalhos (R$1.785) caiu 10% em relação ao mesmo período de 2020 (R$ 1.984).

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e foram divulgados nesta quinta-feira (2) como parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) para o segundo trimestre de 2021.

Dentro dos quase 7 milhões de pessoas em idade de trabalhar (a partir de 14 anos), 3,8 milhões estavam dentro da força de trabalho, um aumento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

O aumento da força de trabalho em comparação ao dado de 2020, segundo a pesquisa, é explicado pela expansão da população desocupada, que cresceu 59%, totalizando 515 mil pessoas.

A população ocupada se manteve estável, tanto frente ao ano anterior, como ao trimestre anterior.

No segundo trimestre de 2021, a população ocupada do Pará era formada por 1.895 milhão de empregados, 103 mil empregadores, 1.185 milhão trabalhando por conta própria, e 165 mil na condição de trabalhador auxiliar familiar.

A ausência de carteira assinada era mais grave entre os trabalhadores domésticos, categoria na qual atuavam 168 mil pessoas, sendo que 149 mil estava sem carteira assinada, totalizando, portanto, 88% do total.

Gizelle Santos é uma delas. Aos 32 anos, ela já trabalhou como diarista e doméstica em diversas casas ao longo nos últimos 12 anos. Para ela, existe mais independência nesse modelo.

"É difícil achar quem queira pagar carteira assinada e essas coisas e sinceramente não me vejo assim. Acho que consigo encaixar melhor meus horários sem o compromisso diário e dos horários. Tenho três filhos pequenos, também tem isso. Esses direitos vêm com outros deveres e você só pode trabalhar para uma pessoa, sempre", afirma. 

O percentual de pessoas trabalhando por conta própria no Pará foi de 35,4% na pesquisa, a terceira maior taxa do Brasil.

Eram 1.185 milhão nessa condição, sendo que 1.103 milhão atuavam sem CNPJ (aumento de 9,5% em relação ao trimestre anterior) e só 82 mil com CNPJ. 

Entre os empregadores, a falta de CNPJ também se mostrou relevante: quase metade (48 mil) atuava sem CNPJ, no trimestre da pesquisa.

Esses dados se refletem na alta taxa de informalidade do Estado que foi de 60,5%, colocando o Pará na primeira posição no ranking nacional da informalidade (ao lado do estado do Maranhão), enquanto a taxa para o Brasil foi de 40,6% e a da região Norte, 56,4%.

Já a população classificada pelo instituto como subutilizada, formada pela soma dos desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial, era da ordem de 1,5 milhão de pessoas, com taxa de subutilização de 34,3%, indicando um aumento na comparação com o mesmo trimestre em 2020 (28,8%).

Só o grupo da “força de trabalho potencial” somava 664 mil, sendo que 412 mil dessas pessoas consideradas desalentadas, ou seja, desistiram de procurar trabalho por razões de mercado.

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