MENU

BUSCA

Suíça Trafigura se declara culpada em esquema de corrupção com a Petrobras

Processo alega que a Trafigura subornou integrantes do governo brasileiro entre os anos de 2003 e 2014

Estadão Conteúdo

Uma das maiores empresas de negociações de commodities do mundo, a suíça Trafigura se declarou culpada das acusações relacionadas a um esquema de corrupção com autoridades do Brasil e a Petrobras que durou mais de uma década, informou o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, 28.

O processo alega que a Trafigura subornou integrantes do governo brasileiro entre os anos de 2003 e 2014 para garantir o fechamento de negócios com a Petrobras, de acordo com comunicado do DoJ. A empresa fechou acordo de US$ 126 milhões para encerrar as investigações do departamento americano.

"A declaração de culpa de hoje ressalta que, quando as empresas pagam subornos e prejudicam o Estado de direito, enfrentarão sanções significativas", afirmou a chefe da divisão Criminal do DoJ, Nicole Argentieri, enfatizando que a pasta continua determinado a combater práticas de suborno e a responsabilizar os que violam a lei.

VEJA MAIS

Prefeito paraense é preso por corrupção ativa nesta quinta-feira (28)
A prisão foi realizada pelo Ministério Público, com apoio da Polícia Civil do Pará

Agente de trânsito julgado por feminicídio, em Belém, já foi condenado por corrupção passiva
Após a morte da esposa do réu, a polícia encontrou cerca de 300 documentos de veículos e Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) de outras pessoas, espalhados pelo imóvel do casal

No Amazonas, juiz prende delegado que o denunciou por corrupção
O incidente ocorreu durante uma inspeção na delegacia, onde o próprio delegado registrou em vídeo o ocorrido

A acusação sustenta que a Trafigura teria lucrado cerca de US$ 61 milhões com o esquema. O comunicado relata que, a partir de 2009, a empresa e associados concordaram em fazer pagamentos de suborno de até US$ 0,20 por barril de produto de petróleo negociado entre a Trafigura e a Petrobras. Os envolvidos teriam disfarçado os pagamentos de suborno através de empresas de fachada, canalizando as transações por meio de intermediários que usavam contas bancárias offshore para entregar dinheiro às autoridades brasileiras.

Política