STF vai analisar caso de paraense preso por bomba colocada no aeroporto de Brasília
George Washington foi condenado pelos crimes de explosão, incêndio e por ilegal de arma de fogo

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai processar e julgar parte do caso da tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022, no qual o paraense George Washington de Oliveira foi condenado pelos crimes de explosão, incêndio e por ilegal de arma de fogo.
A decisão, do ministro Alexandre de Moraes, foi proferida na quarta-feira (29/05) e segue manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Suprema Corte vai analisar o caso quanto a possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito e os definidos na Lei de Terrorismo. Crimes que já tiveram condenação não serão analisados.
Três réus na Justiça comum do Distrito Federal foram condenados pelo plano de ataque a bomba no aeroporto. Além de George Washington, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo, pelos crimes de explosão e incêndio.
VEJA MAIS
Moraes entendeu que há conexão do caso com inquéritos que já tramitam no STF, como o que apura atos antidemocráticos pelo país.
Moraes relacionou também os ataques à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, também no final de 2022. Na ocasião, veículos foram queimados na região central da capital.
“Vislumbra-se, neste caso, que as provas das infrações supostamente cometidas pelos investigados, ou ainda, suas circunstâncias elementares, influem diretamente nas investigações ainda conduzidas neste SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL”, disse Moraes.
A decisão foi dada depois de remessa da investigação ao STF pela Justiça Federal de Brasília.
Parte do caso havia sido enviado à esfera federal pela Justiça comum do Distrito Federal, a pedido do Ministério Público, para análise de eventuais crimes contra o Estado democrático de direito.
O trio foi condenado pelo Tribunal de Justiça do DF, mas a polícia não descarta a participação de outras pessoas no esquema e possível financiamento.
George Washington foi autorizado a cumprir o restante da pena em regime semiaberto. O paraense tenta na Justiça conseguir cumprir o restante da pena no Pará
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA