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Senadores parabenizam 75 anos de O Liberal em sessão especial

Credibilidade e pluralidade foram apontados como fatores decisivos para a longevidade do jornal durante homenagem realizada nesta terça-feira (23)

Eduardo Laviano

O Senado Federal realizou na manhã desta terça-feira (23) uma sessão especial que celebrou os 75 anos do jornal O Liberal, a partir de requerimento feito pelo senador Zequinha Marinho (PSC-PA).

A sessão destacou a pluralidade e credibilidade do jornal ao longo de mais de sete décadas contando as histórias e notícias da Amazônia, com uma forte presença digital e multiplataforma nos últimos anos.

Marinho reafirmou a importância do jornal para a integração do Pará e disse que o periódico cumpriu papel fundamental na integração do estado, lembrando de quando os moradores do sul do Pará, como ele, precisavam "correr" para conseguir um exemplar do jornal para se informar sobre o que acontecia no Pará e no mundo. 

"Nos lares paraenses ainda hoje chega um jornal que combina notícia e opinião e que cria um senso de comunidade e identidade cultural muito caro ao público local. Prova disso é que mesmo em plena era digital o jornal segue sendo prestigiado por um exército de leitores fiéis e assíduos, e plenamente adaptado. O Liberal conseguiu manter inabalável sua relevância social e profundo respeito aos leitores e a sociedade. Virou referência de mídia crítica e confiável ao alargar fronteiras comunicativas, expondo firme determinação de bem informar com qualidade e eficiência", elogiou o senador, classificando o jornal como 'protagonista de seu tempo'. 

Paulo Rocha (PT-PA) lembrou que O Liberal tem se fortalecido por conta de uma característica muito cara a todos os grandes jornais do mundo: o olhar atento para as inovações possibilitadas pela internet e pelas tecnologias.

Para ele, o valor do jornal para a democracia brasileira e paraense é inestimável. Hoje senador, Rocha lembrou que já foi profissional gráfico de impressora offset e que foi responsável pelo primeiro fotolito colorido de O Liberal. 

"Esta sessão é um reconhecimento da história de O Liberal, que tem a importância que ele tem para o desenvolvimento do nosso estado, da Amazônia, desenvolvimento humano e político. É um jornal que formou consciência no nosso estado. Minha relação com O Liberal não é só de política. É muito intensa, desde jovem. Eu sou gráfico, conheci a Roberta, a Rose e o Ronaldo [Maiorana] ainda muito jovens pelos corredores de O Liberal, aprendendo com o pai essa força do empreendedorismo que eles tem na veia. Sabemos que um grande grupo de comunicação, para ter essa força de independência entre os poderes públicos, só sendo um grande empreendedor, para não ficar dependente do poder político de plantão", parabenizou ele. 

Inspiração

Todos os dias, todos os funcionários de O Liberal chegam ao trabalho e se deparam com um painel que traz um discurso de inauguração feito pelo jornalista Rômulo Maiorana, em maio de 1966. O editorial inspirador intitulado de "A Nossa Missão" foi rememorado na íntegra pelo presidente do Grupo Liberal, Ronaldo Maiorana, pois, na opinião dele, até hoje as palavras do pai representam os princípios que guiam o funcionamento da empresa.

"Hoje o jornal O Liberal vem tratando de duas coisas importantes, ao meu ver: o pluralismo, ampliando a voz de quem antes não tinha voz, em todos os aspectos: políticos, ideologias ou outras opções. O jornal está sempre aberto. A outra coisa é a Amazônia. Todo mundo fala de Amazônia, do astro de Hollywood a quem mora na Europa ou outra parte dos Estados Unidos. E nós que moramos aqui, mais de 20 milhões de amazônidas, muitas vezes nos sentimos sem voz, já que todo mundo fala da nossa Amazônia, às vezes a verdade, às vezes não. Neste sentido, o Liberal Amazon foi criado para mostrar o que é a Amazônia, com seus defeitos e suas qualidades", afirmou ele, citando o projeto bilíngue multiplataforma lançado em 2021 pelo Grupo Liberal.

Diretora comercial do Grupo Liberal, Rose Maiorana acredita que a força do jornal reside na constante atualização das práticas do cotidiano da empresa, sempre antenada nas necessidades dos leitores, anunciantes e parceiros.

Segundo ela, é preciso chegar onde quer que a audiência esteja, já que ela, assim como a sociedade, está sempre se transformando.

"Há mais de 40 anos estou à frente da área comercial e de relação com o mercado e de lá para cá muitas coisas mudaram, se reinventaram, os anúncios se multiplicaram em várias telas. O mundo cabe na nossa palma da mão. Agradeço a todos os parceiros, colaboradores e todos que trilharam juntos na construção e transformação deste legado conosco", disse. 

"É um momento em que estamos trabalhando muitas pautas, mostrando o orgulho que temos deste passado do jornal, mas trabalhar um futuro com mais conteúdo, mais novidade, mais multiplataforma. Temos cerca de 30 novos conteúdos para os próximos meses, entre eles um jornal impresso e digital para o sul do Pará, pensando muito em Marabá. O Liberal cresce, a cada momento traz novidades e expande o seu conteúdo. É um momento para renovar não só com saudosismo e ouvindo o passado, mas pensando no futuro", afirmou o diretor de conteúdo do grupo, Daniel Nardin. 

Futuro que já chegou

Alinne Viana atua como diretora de mercado do Grupo Liberal. Ela acredita que o jornal responde ao tempo e ao cenário no qual está inserido com inovações que estreitam laços entre a audiência e os parceiros e clientes, já que eles buscam cada vez mais conteúdos relevantes e de qualidade em meio ao mar de informações que a internet proporciona. 

"O mercado requer novas conexões, novos projetos, novas formas de se comunicar. É nisso que a nossa área de projetos e comercial tem inovado. Temos um time levando projetos digitais customizados sob medida para os nossos clientes. E mais do que nunca o jornalismo é a base de tudo, a credibilidade. Porém a gente fala muito também de performance, para conectar sempre o nosso mercado com possibilidades diversas. Hoje somos um hub de comunicação multiexperiência e multiplataforma. Fazer jornalismo é um grande presente mas também um grande desafio, principalmente em um tempo desse de fake news, porém é o tempo que a população e a sociedade mais precisa do jornalismo real, do trabalho com credibilidade e curadoria", avaliou ela durante a sessão.

O diretor de inovação Sanchae Camatti concordou. Para ele, a paixão pelo jornalismo é o que move as engrenagens de O Liberal em todas as frentes, todos os dias.

"O jornal é a plataforma mais completa que existe. Somos uma plataforma que embarca hoje todos os tipos de canais de comunicação em todas as suas possibilidades. Me sinto muito grato de estar aqui nesse momento histórico do jornal. Tenho a convicção de que tudo isso que a gente vive de novo nasceu do tradicional. O digital nasceu das páginas impressas", afirma.

Cary John Oliveira chegou ao jornal como repórter ainda na década de 80, uma época mais rústica, nas palavras dele, com uma redação repleta de máquinas de escrever e papéis carbono.

Hoje, como editor-chefe do jornal, ele acredita que a evolução de O Liberal se deve muito ao trabalho dos jornalistas que se dedicam a apurar, checar e entrevistar com o máximo de respeito à profissão que escolheram. 

"A gente dá voz às autoridades públicas, mas também às comunidades, os movimentos sociais, a comunidade científica, os especialistas, com uma cobertura completa em saúde, economia, educação, meio ambiente. Isso transforma o jornal em um produto plural. Esses espaços estão sempre abertos. A aproximação com o público sempre aconteceu. No passado eram cartas que a gente recebia. Hoje com a tecnologia tudo é mais rápido, ágil. É um processo que envolve pessoas. A equipe tem talentos excepcionais, pessoas comprometidas com o trabalho", pontuou. 

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