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Senado discute obras de consolidação do Arco Norte

Entre os principais pontos debatidos para consolidar o Arco Norte está o derrocamento do Pedral do Lourenço

Thiago Vilarins

Mais próximo dos mercados norte-americano, europeu e asiático, o conjunto de portos que forma o Arco Norte foi tema de audiência pública realizada ontem (18), na Comissão de Infraestrutura (CI), do Senado Federal. Por solicitação do senador Zequinha Marinho (PSC-PA), os órgãos federais ligados à logística apresentaram e discutiram o impacto das obras do Plano Estratégico do Arco Norte para o desenvolvimento do Pará e da região. "O sinal amarelo tá ligado. Nossa infraestrutura está aquém daquilo que o campo produz e necessita para alcançar competitividade. Os portos do sul e sudeste estão operando com a capacidade máxima. Precisamos voltar os olhos para o Arco Norte, que acima de tudo apresenta vantagem comparativa por estar mais perto dos grandes mercados mundiais", defendeu o senador Zequinha.

Para o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, o governo precisa oferecer as áreas para licitação e deixar que as empresas privadas construam a estrutura necessária para o desenvolvimento do Arco Norte. "No Pará tem algo que o governo federal, no meu entendimento, pode fazer. É por para licitar um terminal dedicado a fertilizantes em Santarém. Além disso, penso que poderia licitar Outeiro para um terminal de grãos. Eu acho que vale retomar essa discussão", comentou.

Outro ponto importante para consolidar o Arco Norte dentre os principais eixos logísticos do país é o derrocamento do Pedral do Lourenço. Há mais de dois anos, o governo federal assinou o contrato e a ordem de serviço para a elaboração dos estudos, projetos básico e executivo da obra, contudo, o processo para o licenciamento vem se dando de forma bastante morosa.

 

Sobre essa situação, a diretora de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Karoline Lemos, comentou que este processo não depende apenas do Departamento, mas também do Ibama. "Temos um processo longo de licenciamento ambiental, mas que está evoluindo bem. Apesar de ser um processo moroso, está dando respostas importantes, uma delas é o agendamento da audiência pública para obtenção da licença prévia, previsto para 1º a 5 de julho", argumentou Karoline.

A expectativa do DNIT é que a Licença de Instalação (LI) sai até o 2º semestre do ano que vem. "Se conseguir cumprir esse cronograma, que não depende só do DNIT, depende muito do Ibama, a previsão é que as obras sejam concluídas em 2023", anunciou a diretora.

Presidente da Frente Parlamentar de Logística, o senador Wellington Fagundes (PR-MT), fez coro aos apelos do senador Zequinha Marinho para que as obras de melhoria logística no Pará sejam executadas conforme o planejado. "Vamos fazer com que essas estradas líquidas, nossas hidrovias, funcionem. Claro, sem deixar nenhum modal abandonado. Buscar fazer com que todos os modais se integrem e dessa forma ajudar o Brasil. Nós, da Amazônia, precisamos muito um do outro. O Mato Grosso pode se desenvolver muito, mas nós precisamos desenvolver o Pará, precisamos desenvolver Rondônia. Precisamos que essa infraestrutura se consolide em toda a região. A luta do paraense é a luta do mato-grossense. É a luta de quem está em todos os estados da Amazônia", ressaltou.

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