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Segurados enfrentam desafio para agendar perícias médicas no INSS

Advogado afirma que beneficiário pode esperar até três semanas por exame

Fabrício Queiroz

Trabalhadores beneficiários do auxílio-doença ou do auxílio-acidente e aposentados por invalidez que precisam fazer perícias regulares no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrentam dificuldades no acesso ao serviço. Segundo dados do próprio órgão, a fila por perícia no país é de mais de 500 mil pedidos. Já no Estado do Pará, mais de 30 mil pessoas aguardam o procedimento. O número considera a estimativa do INSS de que há 346 pessoas na fila de espera para cada 100 mil habitantes.

Ainda que o Pará figure com o sexto menor quantitativo em relação à população, o acesso é demorado e problemático para muitos usuários. A auxiliar de serviços gerais Francivalda Quaresma, 40 anos, por exemplo, precisará se submeter à avaliação para renovar o benefício que recebe devido à uma lesão que sofreu na mão direita. O auxílio foi concedido há seis meses, porém, em virtude da necessidade da trabalhadora passar por uma cirurgia deve ser estendido por pelo menos mais três meses. No entanto, enquanto aguarda o exame, Fracivalda precisou voltar ao trabalho.

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De acordo com o advogado, há três formas de agendar os procedimentos: presencialmente, pela central telefônica 135 ou pelo site e aplicativo “Meu INSS”, que em sua opinião é a maneira mais ágil de conseguir o atendimento. “Para mim, a forma mais recomendada é por meio do requerimento online, pois é mais rápida, conveniente e fornece um comprovante digital que pode ser impresso com a data e o horário da perícia agendada, além der ser inclusiva, pois nem todo local do país possui agência física para o segurado poder ir pessoalmente”, pondera.

Além do agendamento da perícia médica, outro pleito comum dos segurados é a contestação dos resultados, que podem levar a suspensão de um benefício e a determinação do retorno ao trabalho. Bonfim ressalta que nesses casos é necessário que os trabalhadores ou aposentados sejam representados por um advogado especialista na área.

“O advogado poderá ajudá-lo a recorrer administrativamente dentro do próprio INSS ou buscar uma decisão judicial para obter a concessão ou prorrogação do pagamento dos auxílios ou aposentadoria por invalidez”, esclarece.

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