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Secretário do RS é alvo de operação da PF contra desvio de verbas durante enchente recorde

O foco da investigação são os desvios de verbas públicas federais do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS)

Estadão Conteúdo

A Polícia Federal (PF), com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira, 11, a Operação Lamaçal. A ação apura eventuais crimes contra a Administração Pública e lavagem de capitais.

O foco da investigação são os desvios de verbas públicas federais do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), repassadas ao município de Lajeado, no Vale do Taquari (RS). Os recursos eram destinados para as enchentes de maio de 2024, as maiores da história do Estado.

O principal alvo da investigação é o ex-prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, que atuou na gestão municipal entre 2017 e 2023. Ele atualmente é o secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do governo do Rio Grande do Sul.

Apreensões e Bloqueios Financeiros

A PF investiga contratos da gestão de Marcelo Caumo como procurador-geral de Lajeado, firmados logo após a declaração de calamidade pública. A reportagem tentou contato com o secretário de Estado, mas ele não retornou às ligações.

Durante a operação, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão. Medidas cautelares foram determinadas, como a apreensão de 10 veículos e o bloqueio de ativos de até R$ 4,5 milhões.

As buscas ocorreram nos municípios de Lajeado, Muçum, Encantado, Garibaldi, Guaporé, Carlos Barbosa, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre.

Irregularidades Apuradas

O inquérito aponta irregularidades em uma dispensa de licitação realizada pela Prefeitura de Lajeado. A contratação era para serviços terceirizados, como psicólogos e assistentes sociais.

Há indícios de que a contratação direta, justificada pela calamidade, ocorreu sem buscar a proposta mais vantajosa. Os valores podem ter sido acima dos de mercado. O montante dos dois contratos inicialmente levantados pela PF soma aproximadamente R$ 120 milhões.

Posicionamento do Governo do RS

O governo do Estado do RS afirma que a investigação não tem qualquer relação com a atuação de Marcelo Caumo enquanto secretário de Estado.

À época dos fatos relatados, Marcelo Caumo atuava na administração municipal na cidade de Lajeado. A apuração é sobre contratos firmados antes do ingresso dele no quadro do Executivo estadual.

O governo reforça sua absoluta disposição para auxiliar a Polícia Federal na investigação dentro do que for possível. Afirma que aguardará os desdobramentos da apuração, resguardando o direito de defesa e contraditório dos envolvidos.

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